USP testa com sucesso máscara capaz de eliminar o coronavírus

Na corrida contra a Covid-19, pesquisadores da USP criam máscara cirúrgica antiviral, que mata o vírus e pode ser utilizada por até 12 horas seguidas. Batizada de Phitta Mark, a nova máscara cirúrgica antiviral foi desenvolvida pela empresa Golden Technology em parceria com os laboratórios de química e ciências biomédicas da USP, e mostrou resultados bem satisfatórios contra o vírus. Resultado de um investimento de mais dois milhões de reais, a máscara é coberta por uma substância química de coloração azulada, que foi desenvolvida durante cinco anos por pesquisadores do laboratório de química, como explica Koiti Araki, professor de química supramolecular e nanotecnologia do instituto. “Gerar um produto, para nós, é um sonho. E é também como se fosse um milagre, muito difícil encontrar as pessoas certas, as empresas certas no momento certo para que toda essa cadeia se feche e se concretize este sonho.”

Diferente das máscaras comuns, a nova máscara pode ser utilizada por até 12 horas seguidas e possui até 3 camadas de filtros. Quando o vírus entra em contato com a substância na superfície, ele é inativado imediatamente. Uma outra vantagem é que por ser de origem orgânica, a matéria prima usada é menos tóxica e não agride o meio ambiente. O professor e coordenador do laboratório de virologia clínica e molecular do instituto de ciência biomédicas da USP, Edson Luiz Durigon, explica que a máscara tem 99,8% de eficácia. “Quanto maior é a ação do produto sobre o vírus, menor é a quantidade de vírus que cresce. Então a gente sabe que o produto está inibindo o vírus e está funcionando.” Ele ressalta ainda que, além da máscara, a tecnologia está sendo usada na criação de produtos odontológicos como enxaguante e creme dental que estão em fase final de testes. A nova máscara ainda precisa da aprovação da Anvisa. 

*Com informações da repórter Hanna Beltrão