Segundo a companhia, este foi o trimestre mais difícil que enfrentou em 94 anos de história. Avião da United Airlines no aeroporo de Los Angeles
ROBYN BECK / AFP
A companhia aérea americana United Airlines registrou no segundo trimestre um prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão (prejuízo de US$ 5,79 por ação), revertendo o lucro de US$ 1 bilhão (US$ 4,02 por ação) registrado no mesmo período de 2019.
Segundo a companhia, este foi o trimestre mais difícil que enfrentou em 94 anos de história, com a empresa sendo duramente afetada pela pandemia de Covid-19, que reduziu significativamente a quantidade de voos em todo o mundo. A situação levou a uma queima de caixa de US$ 40 milhões ao dia, em média, no período.
Em termos ajustados, que exclui itens não recorrentes, a United terminou o trimestre com um prejuízo de US$ 2,6 bilhões, o equivalente a uma perda de US$ 5,79 por ação.
Por conta da Covid-19, a receita da empresa caiu 87,1%, para US$ 1,4 bilhão. A capacidade recuou 88% no período, enquanto o tráfego de passageiros recuou 95,3%.
A receita total com transporte de passageiros caiu 93,5%, para US$ 681 milhões, sendo que a receita medida em assentos-milhas disponíveis (ASM, na sigla em inglês) contraiu 88% em relação ao mesmo período de 2019.
O segmento de transporte de cargas, por sua vez, apresentou um avanço de 36,3% na receita total, a US$ 402 milhões.
Para o terceiro trimestre, a United Airlines espera que a capacidade consolidada recue 65%, em base anual, e que continuará avaliando e cancelando voos. Ela prevê ainda uma queima de caixa média de US$ 25 milhões no período.