Tesouro Direto: aplicação de até R$ 10 mil em títulos corrigidos pela Selic tem taxa de manutenção zerada

Tesouro Nacional e a B3 reduziram, de 0,25% para 0% ao ano, a taxa de custódia para os investimentos no Tesouro Selic até o estoque de R$ 10 mil. Com a zeragem da taxa, um terço dos investidores ficarão completamente isentos de tarifa. A Secretaria do Tesouro Nacional e a bolsa de valores brasileira, a B3, anunciaram nesta quinta-feira (23) a redução, de 0,25% ao ano para zero, da taxa de custódia (manutenção) para os investimentos até o estoque de R$ 10 mil no Tesouro Selic – ou seja, nos títulos públicos com correção atrelada ao juro básico da economia, atualmente em 2,25% ao ano.
A mudança entra em vigor em 1º de agosto e vale para as aplicações feitas por meio do Tesouro Direto – programa criado em janeiro de 2002 e que permite a pessoas físicas a compra de títulos públicos pela internet, por meio de corretoras ou instituições financeiras.
De acordo com o Ministério da Economia, o Tesouro Direto tem hoje quase 1,3 milhão de investidores ativos sendo que, com a zeragem da taxa, um terço deles ficariam completamente isentos de tarifa.
“Mas, como a medida isenta o pagamento para todos os investidores em Tesouro Selic até o limite de R$ 10 mil em estoque, todos que possuem esse título, e que respondem por 53% da base de investidores ativos do programa, acabarão de alguma maneira sendo beneficiados”, informou a instituição”, acrescentou o Tesouro Nacional.
De acordo com a instituição, a mudança representa mais um “marco da série de inovações e melhorias no programa, que incluem a análise contínua de seus custos de manutenção e aprimoramento e que vêm sendo conduzidas pelo Tesouro e pela B3”.
A taxa de custódia havia diminuído pela última vez, de 0,30% para 0,25% para todos os títulos, em 1º de janeiro de 2019. O Tesouro Nacional e a B3 informaram que continuarão a monitorar “constantemente” as oportunidades de reduções estruturais na taxa de custódia cobrada pela B3.