Sindicatos de petroleiros aprovam acordo coletivo negociado com a Petrobras


Estatal se comprometeu a não realizar demissões sem justa causa até agosto de 2022. Por meio do novo acordo, a Petrobras se compromete a não realizar demissões sem justa causa até agosto de 2022
Gabriel Lordêllo/Petrobras
A Petrobras concluiu as negociações do acordo coletivo de trabalho 2020-2022 com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-Norte Fluminense).
O acordo foi aprovado por 65% dos votantes, seguindo um indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP). As assembleias promovidas pelos sindicatos filiados à FUP terminam no próximo domingo, mas diversas unidades já indicaram a aprovação, como no Espírito Santo, com 85% de aceitação, e as bases de Pernambuco e Paraíba, onde 91,5% dos petroleiros votaram a favor.
Por meio do novo acordo, a Petrobras se compromete a não realizar demissões sem justa causa até agosto de 2022, além de concordar com um reajuste salarial automático de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em setembro de 2021.
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Também ficou acertada a criação de um grupo de trabalho para acompanhar o teletrabalho na companhia. De acordo com a FUP, há mais de 20 mil petroleiros trabalhando remotamente no país.
“Sabíamos que as negociações com a atual gestão da Petrobras seriam difíceis, pela dificuldade de mobilizar as pessoas por causa da covid-19 e pelo próprio contexto político e econômico do país. O novo texto não traz todas as nossas reivindicações, mas não podemos ignorar que ele tem avanços, principalmente em relação à estabilidade de empregos por dois anos, a própria durabilidade do acordo pelo mesmo período e a manutenção de diversos benefícios que estavam ameaçados”, explicou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.