Seca aumenta em Alagoas no mês de agosto, aponta Monitor


AMA cobra retorno do programa ‘Água é Vida’. Defesa Civil Estadual afirma que já há verba federal, mas ainda aguarda reconhecimento da situação de emergência pela União. Alagoas registra aumento de seca entre julho e agosto deste ano
Ascom/AMA
A área de seca aumentou em Alagoas em agosto, na comparação com o mês anterior. A informação é da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), com base nos dados disponibilizados no Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Segundo a AMA, a área com seca saltou de 29,22% para 57,31% do estado, fazendo surgir uma área de seca fraca no sul e no leste do estado, onde os impactos são de curto prazo, decorrentes das chuvas abaixo da média no mês. Antes, a seca registrada na região era resultado de influências de longo prazo.
Por isso, a Associação cobra a retomada da operação “Água é vida”, que era executada pelo Governo de Alagoas com foco no abastecimento de água potável das residências da população afetada pela estiagem.
Em contato com a reportagem do G1, o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Moisés, informou que já há recursos para começar a operação “Água é Vida”, mas que a retomada depende de um reconhecimento do governo federal.
“Já temos em caixa o montante de R$ 5,4 milhões, porém estamos aguardando o reconhecimento federal para darmos início à operação. Contratarmos os caminhões e colocarmos para distribuir a água potável para as comunidades que estão previamente cadastradas no sistema da Defesa Civil, isso em parceria com os municípios”, explicou o tenente-coronel Moisés.
A urgência nas ações, de acordo com a AMA, é justificável pela situação do semiárido, onde houve uma boa quadra chuvosa para a agricultura no último mês, mas que não foi o suficiente para suprir as necessidades da população.
“O socorro só está chegando pelo Exército que, devido a pandemia do coronavírus, manteve a operação “Carro Pipa”, mas ela, sozinha é insuficiente”, disse a presidente da AMA, Pauline Pereira.
A Defesa Civil reconhece a urgência, mas afirma que tem seguido os trâmites necessários junto à União.
“O governo federal tem que reconhecer a situação de emergência. É ele dizer que estamos mostrando, através dos nossos relatórios, que cada município se enquadra na situação de estiagem e autorizar o recurso. Reconhecimento federal é a autorização para que a gente possa utilizar o recurso para atender ao sertanejo distribuindo água potável”, afirmou o coordenador da Defesa Civil Estadual.
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