Scooter: confira os preços e veja que uma delas supera os 50 km com um litro de gasolina

A Honda PCX é a scooter mais vendida no Brasil e também no mercado baiano. Com 13,2 cv de potência ela chega fazer 30 km/l na cidade

A necessidade de não se aglomerar em transportes públicos e de evitar opções compartilhadas, como carros por aplicativo, favoreceu a locomoção individual e os carros sempre se encontram como primeira opção. Mas em um mercado afetado por uma séria retração econômica, no qual um carro básico custa mais de R$ 37 mil, a opção pelos veículos de quatro rodas fica mais complexa. Entra em cena o plano B. 

A segunda opção é o uso da motocicleta, e para os iniciantes a melhor saída é uma scooter, que em sua maioria possui câmbio automático, ou seja, o condutor não precisar usar a embreagem nem passar marchas.

A pilotagem de moto mescla a utilização de pedais e manetes. Na maior parte das scooters, todo controle fica nas mãos. Outro ponto diferencia o modo de condução: nas motos o tanque de gasolina fica à frente do piloto e nas scooters o tanque fica embaixo do banco ou no assoalho.

Na scooter pessoa vai sentada e conta um escudo para proteger suas pernas. Em uma moto convencional o condutor vai montado, com o assento entre as pernas. Há ainda outras comodidades nas scooters, como porta-capacetes sob o acento e tomada USB para carregamento de smartphones. 

Mercado
No Brasil, em agosto, a categoria que engloba as scooters apresentou um crescimento de 65,7% nas vendas das fábricas para as concessionárias em relação ao mês anterior. Em relação aos emplacamentos, houve um crescimento de 12,71% em agosto em comparação com julho e 8,29% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na Bahia, as scooters mais vendidas entre janeiro e a primeira quinzena de setembro são: Honda PCX 150 (1.125 emplacamentos), Honda Elite 125 (497), Yamaha NMax 160 (308), Yamaha Neo 125 (292) e Honda SH 150 (124).

A mais barata é a Honda Elite, que custa R$ 9.190 e é oferecida em versão única. A segunda em menor preço é a Yamaha Neo, tabelada em R$ 10.611. Em seguida, vem a Honda PCX, que na versão CBS saí por R$ 12.710 e vai até R$ 14.410, preço da versão Sport ABS. A Honda SH é oferecida por R$ 13.340 e na versão DLX saí por R$ 13.880. A NMax é a mais cara entre as cinco: R$ 15.295. Esses preços não incluem o valor do frete.

Em relação à potência a ordem é: NMax (15,1 cv), SH (14,7 cv), PCX (13,2 cv), Neo (9,8 cv) e Elite (9,3 cv). Levando em conta o consumo, a Elite fica com a primeira posição com 54 km/l de gasolina. Na sequência, sempre com gasolina, ficaram: NMax (38 km/l), SH (31 km/l), Neo (30 km/l) e PCX (30 km/l).

Outro ponto importante: os custos para quem não tem habilitação para motocicleta, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de categoria A. Para quem já dirige carro e tem a carteira B, vai gastar em torno de R$ 1 mil, valor que inclui o laudo, o exame médico e as aulas. 

Para a primeira habilitação em motocicletas, o valor médio em Salvador passa para R$ 1,3 mil. Os custos com Detran devem ser pagos à vista. As autoescolas parcelam em até 12 vezes.

Atenção
Estar a bordo de um veículo de duas rodas não dá direitos e superpoderes a ninguém. Pilotar com o dedo na buzina não adianta, o correto é obedecer às leis e não se aventurar entre os retrovisores de carros e ônibus.

De acordo com o Código de Trânsito brasileiro, é proibido pilotar motos com chinelos, sandálias que não ficam presas aos pés, especialmente, ao calcanhar, e calçados de salto alto. Quem for flagrado pilotando dessa forma será multado em R$ 130,16 e receberá quatro pontos na CNH.

Isso não é apenas uma penalidade arbitrária. Além da necessidade de movimentar os pedais em alguns modelos, os pés são o apoio natural do motociclista e, por exemplo, em um acidente iminente ele pode precisar apoiar o pé no piso. Se o calçado não oferecer esse apoio ou quebrar, a pessoa pode cair. 

Motos para o lazer estão em alta
De acordo com os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), é possível compreender o crescimento de duas categorias off-road, com aumento de 113,9% na produção de agosto em relação a julho, e as bigtrail, com crescimento de 17,3% no mesmo período.

As motocicletas off-road são ideais para uso em trilhas, fazendas ou na praia (Foto: Honda)

Em geral, ambas têm a finalidade de lazer. As off-road são recreativas, para o uso em trilhas, por exemplo. As bigtrail são muito utilizadas para viagens. Opções para quem tinha um orçamento para viagens internacionais, por exemplo, e decidiu usar essa verba para um hobby ou fazer viagens de motocicleta.

A categoria bigtrail tem modelos mais robustos e com suspensão elevada, como a BMW R 1250 GS (Foto: BMW)

Divisão do mercado
Com 34.215 unidades emplacadas e 35,7% do mercado, a região Sudeste liderou o ranking de emplacamentos em agosto. O Nordeste ficou em segundo lugar com 33% de participação (31.705 motocicletas), seguida pela Norte com 12,1% de participação (11.577 unidades), Centro-Oeste com 9,8% de participação (9.430 unidades) e Sul 9,4% de participação (9.034 unidades).
        
São Paulo foi o estado que registrou o maior número de emplacamentos em agosto com 19.362 motocicletas licenciadas. Em segundo lugar ficou Minas Gerais, com 7.469 emplacamentos. A Bahia ficou com a terceira posição no mercado nacional e a primeira no Nordeste, com 6.223 unidades.