Proposta é que Bahia comercialize a vacina russa no Brasil, diz secretário
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, confirmou nesta quarta-feira (9) que o governo assinou um acordo de confidencialidade para testar a vacina russa contra a covid-19 no estado. A ideia é que a Bahia seja responsável pela comercialização desta vacina do Brasil – antes, o protocolo de testes precisa ser aprovado e a testagem ocorrer bem.
“Nós estamos em negociação com a Rússia já há duas semanas. Nós já havíamos assinado um memorando de entendimento, visando iniciar as tratativas para testar aqui no Brasil a vacina russa Sputnik V em 500 participantes. Ontem nós concluímos o acordo de confidencialidade, que é um documento que a gente se compromete a receber informações sigilosas deles, tratar de forma interna e confidencial, e a partir disso decidirmos, com base no que a gente vai ver, se a gente quer dar seguimento no projeto”, explicou o secretário, em evento de inauguração de um novo posto de saúde.
Depois disso, o protocolo deve ser submetido ao Comitê de Ética do Instituo Couto Maia, ao Conselho Nacional de Ética e Pesquisa (Conepe) e também à agência reguladora Anvisa. “Se eles aprovarem o protocolo, dentro de um mês a gente pretende iniciar esse estudo da vacina russa aqui na Bahia”, afirmou.
A ideia é que a Bahiafarma seja usada para negociar a vacina no país. “A proposta é que a Bahia seria a responsável pela comercialização da Bahia no Brasil, através da Bahiafarma. O governo federal pode comprar da Bahiafarma, se decidir comprar a vacina russa, e deverá comprar todas as vacinas, porque não vai ter suficiente”, diz.
Estudo publicado pela revista The Lancet sobre as fases 1 e 2 de estudos mostrou eficácia de 100% da vacina russa, mas cientistas dizem que ela ainda precisa de mais testes. No Brasil, a vacina seria testada em uma população etnicamente diferente da russa.