Praça Castro Alves, 1991: há 29 anos, Mandela discursava contra o racismo

Mandela e a esposa, Winnie, na chegada a Salvador, em agosto de 1991
(Foto: Luiz Hermano/Arquivo CORREIO)

Nelson Mandela desembarcou em Salvador em agosto de 1991, há 29 anos, e deu logo de cara com um bom exemplo do que a Bahia tinha a mostrar: grupos culturais afro, um trio elétrico dos Doces Bárbaros e integrantes da Irmandade da Boa Morte o aguardavam já no aeroporto.

Era 5 de agosto e Salvador tinha entrado na lista de seis cidades brasileiras visitadas pelo líder da luta contra o Apartheid na África do Sul. Logo na chegada, almoçou com o então governador, Antonio Carlos Magalhães, no Palácio de Ondina.

Ao povo, a quem veio agradecer pelo apoio na luta contra o racismo, falou num dos pontos mais emblemáticos da capital baiana: a Praça Castro Alves. No ano passado, Doris Miranda contou em reportagem os detalhes da visita, que o CORREIO acompanhou da chegada ao discurso.

Em Salvador, discurso de Mandela ao povo foi num palco montado na Praça Castro Alves
(Foto: Luiz Hermano/Arquivo CORREIO)

Na praça do povo, Madiba deixou um discurso poderoso:

“O racismo não pode passar por uma plástica para ser mais aceitável. Racismo é racismo, qualquer que seja o nome ou máscara que vestir”, disse Nelson Mandela.

Em Salvador, o nome de Mandela continua presente. O ex-presidente sul-africano dá nome ao Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, ligado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi).

Também recentemente passou a dar nome a um colégio estadual no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário. Após uma proposta feita em dezembro de 2013, o antigo Colégio Estadual Castelo Branco, que homenageava um dos presidentes do regime militar brasileiro, mudou de nome em junho de 2014 e passou a se chamar Colégio Estadual Nelson Mandela.