Polícia indicia por homicídio e ocultação de cadáver suspeitos de matar empresário mineiro no RS
Corpo de Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, foi encontrado em área de matagal nas proximidades de Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana, em junho.
A Polícia Civil concluiu, na segunda-feira (3), o inquérito sobre o assassinato do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, ocorrido no mês passado, nas proximidades de Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana. Os dois suspeitos foram indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. Eles seguem presos preventivamente.
Os investigados são Diego Gabriel da Silva, que era sócio de Samuel em negócios envolvendo revenda de veículos, e um comparsa. Conforme a polícia, Diego responderá também por porte ilegal de arma. O segundo homem não teve o nome divulgado.
De acordo com o delegado Fernando Sodré, chefe de Polícia do Estado do Rio Grande o Sul, o crime aconteceu porque Melo viajou de Minas Gerais ao RS para cobrar do sócio o dinheiro da venda de veículos que havia enviado de um estado para outro. A dívida seria de cerca de R$ 5 milhões.
Samuel foi morto com nove tiros pelas costas. Imagens de câmeras de segurança de uma loja mostraram um dos investigados comprando duas pás, uma enxada e lona. Segundo a polícia, o material seria usado para tentar esconder o corpo do empresário.
O corpo dele foi localizado em uma região de matagal, coberto de telhas. Segundo a polícia, os crimes aconteceram no dia 2 de junho, data em que o empresário desapareceu após viajar de MG para o RS.
Samuel deixou três filhos e a namorada, Fernanda.
ÁUDIO: empresário desaparecido mandou mensagem de áudio na tarde de sexta-feira (2)
Outra investigação
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Marcela Ehler, um desdobramento da investigação apontou que um dos indiciados pela morte do empresário mineiro é suspeito de quatro crimes de extorsão. Ao lado da esposa e do apenado com quem divide cela, Diego Gabriel da Silva teria extorquido vítimas por um aplicativo de mensagens.
A delegada acrescenta que eram enviadas imagens em tempo real das residências e locais de trabalho das vítimas. O trio exigia transferências de valores via PIX e de veículos para o nome de familiares do investigado pela morte do empresário mineiro.
”Em relação ao homicídio, investigação já remetida ao Poder Judiciário. Agora, estamos em uma segunda fase, investigando os delitos de estelionato, lavagem de dinheiro e extorsão”, afirma a delegada Marcela.
Após cumprimento de ordens judiciais, telefones celulares foram apreendidos dentro da cela onde está Diego. O veículo que estava com a esposa do suspeito foi recolhido, e ela será encaminhada ao sistema penitenciário.