PIX: bancos começam a cadastrar clientes na segunda; saiba como aderir

Adesão é opcional, mas cliente precisará criar uma chave de identificação com email, celular ou CPF para facilitar as transações. PIX mudará forma de comprar, pagar contas e transferir dinheiro. Começa em novembro
Guilherme Rodrigues/Myphoto Press/Estadão Conteúdo
A partir da próxima semana, começa oficialmente o cadastro de adesão ao PIX, o novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central para facilitar as transações financeiras.
Embora os grandes bancos e muitas instituições financeiras já tenham iniciado a divulgação do novo serviço e já tenham aberto um pré-cadastramento, é a partir de segunda-feira (5) que começará a ser feito o cadastro das chamadas “chave PIX”. Com isso, os bancos terão de confirmar com os clientes que manifestaram interesse se eles realmente querem aderir ao PIX.
A adesão é opcional e serviço estará disponível dentro dos aplicativos dos bancos ou no internet banking. A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana. A quantia cairá instantaneamente.
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A previsão é que a maioria das transações seja aprovada e finalizada em até 10 segundos. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a ideia é que a operação seja tão rápido e simples quanto abrir a carteira para pegar dinheiro.
“As pessoas vão começar a entender um pouco mais do PIX na prática. Mas não precisar sair correndo para fazer o cadastro. Os outros meios de pagamento continuarão disponibilizados, não muda absolutamente nada do dia a dia. Aos poucos, essa movimentação vai se natural, agora tem um enorme potencial de uso”, afirma Leandro Vilain, diretor executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban, citando a expectativa de maior inclusão bancária e de redução do volume de transações feitas em espécie.
O serviço propriamente dito será ativado no dia 16 de novembro em todo o país, mas a partir do dia 3 de novembro o PIX começará a ser disponibilizado já para alguns clientes selecionados para uma fase de testes.
Como aderir?
Para poder utilizar o PIX, será necessário fazer o cadastro em uma instituição financeira e criar uma chave de identificação para facilitar as transações. Com o cadastro de uma “chave PIX”, as transferências poderão ser realizadas de maneira mais ágil, sem necessidade de informar outros dados do destinatário como número de agência e conta e CPF.
O cliente poderá cadastrar como chave um número de celular, um email ou o CPF ou CNPJ. A Febraban explica, porém, que não será possível vincular uma mesma chave para mais de uma de uma instituição financeira. Ou seja, se no banco A, o cliente cadastrar um email, no banco B terá que cadastrar um outro email ou então o número de celular ou CPF.
As transações pelo PIX poderão ser feitas também por meio de QR Code, o que permitirá que o cliente tanto efetue um pagamento no comércio ou gere um código próprio para receber uma transferência, podendo inclusive já definir o valor do depósito.
Vale lembrar que, independente do cadastro da chave PIX, o sistema vai permitir receber ou enviar um PIX usando o canal de inserção manual. Nessa situação, será necessário informar os dados de banco, agência, conta, CPF e nome do favorecido, de forma semelhante como hoje são feitas as TEDs.
Apesar do PIX já estar sendo usado por golpistas, a Febraban afirma que os bancos investem continuamente em segurança, que o sistema permite uma maior rastreabilidade e que o PIX será tão seguro quanto o TED ou DOC.
“O envio do PIX vai ser sempre dentro do aplicativo do banco, seja na internet, seja no celular. Quando você está dentro, você já entrou utilizando sua a senha ou biometria, então está num ambiente seguro, criptografado”, afirma Vilain.
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