Petróleo avança com expectativa de estímulos nos EUA e de aumento da demanda

O contrato do Brent para outubro avançou 1,32%, a US$ 44,99 por barril, e o contrato do WTI para setembro subiu 1,74%, a US$ 41,94 por barril. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (10), impulsionados pela expectativa por estímulos fiscais nos Estados Unidos e pela projeção positiva para a demanda da Saudi Aramco, a estatal saudita de petróleo.
O contrato do petróleo Brent para outubro, a referência global da commodity, fechou em alta de 1,32%, a US$ 44,99 por barril, na ICE, em Londres. O contrato do WTI, a referência americana, para setembro, por sua vez, subiu 1,74%, a US$ 41,94 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
Os investidores continuam atentos às perspectivas de um acordo para a aprovação de novos estímulos fiscais nos EUA. O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou no fim de semana decretos autorizando a extensão de benefícios a milhões de americanos desempregados, durante a pandemia de Covid-19, e cortando impostos sobre a folha de pagamentos.
Presidente Trump assina decretos para estimular economia dos EUA
“A base legal para Trump fazer muito com ordens executivas é frágil. Ele não chegará longe”, diz Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank, que adiciona, porém, que os políticos devem chegar a um acordo em breve, com a aproximação das eleições. “É muito provável que tenhamos um acordo nesta semana para estender o suporte até o fim do ano.”
O petróleo também recebe algum suporte depois que o executivo-chefe da Saudi Aramco (a estatal saudita de petróleo), Amin Nasser, reportou projeções positivas para a demanda, no fim de semana, dizendo que espera que ela continue a subir ao longo do ano. Apesar de uma queda de 73% nos lucros da companhia no segundo trimestre, Nasser disse que a petroleira ainda planeja pagar US$ 75 milhões em dividendos neste ano.
Os investidores seguem atentos também às tensões entre os EUA e a China, depois que o país asiático anunciou que irá aplicar sanções contra 11 cidadãos americanos, incluindo os senadores republicanos Ted Cruz, Marco Rubio, Tom Cotton, Josh Hawley e Pat Toomey, além do deputado Chris Smith e pessoas ligadas a organizações não governamentais. A medida vem depois que os EUA sancionaram autoridades chinesas e de Hong Kong, na última sexta-feira (7), sob a acusação de restringir as liberdades civis na cidade semiautônoma.
A deterioração nas relações entre as duas maiores economias do mundo precede uma reunião entre representantes comerciais de alto escalão dos dois governos no fim desta semana.