Pela primeira vez, USP expulsa aluno acusado de fraudar cotas raciais e sociais

A Universidade de São Paulo (USP) decidiu expulsar um estudante do curso de Relações Internacionais sob a alegação de fraudar cotas raciais e sociais. A medida, que é inédita na história da instituição, foi anunciada nesta segunda-feira (12). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O estudante Braz Cardoso Neto, 20 anos, alegou ser pardo, ter ascendência negra e ser de baixa renda, mas falhou em comprovar a declaração.
Apesar da decisão da instituição, cabe recurso e o caso pode ir parar no Judiciário, segundo avaliaram membros do comitê. A decisão foi unânime.
À comissão responsável pelo julgamento, cujo processo demorou mais de um ano, o jovem enviou fotos de pessoas negras que alegou serem seus avós, mas não compartilhou com os membros do comitê dados que comprovassem parentesco.
Além disso, a ascendência não é critério para inclusão na política de cotas da USP, na qual pesa o fenótipo (aparência).