Pandemia na Europa: Espanha aprova estado de emergência e Itália impõe restrições
A Espanha declarou um segundo estado de emergência nacional, neste domingo, impondo um toque de recolher em todo o país, exceto nas Ilhas Canárias, entre 23 horas e 6 horas. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que a medida entra em vigor na noite de hoje e visa conter o ressurgimento das infecções por coronavírus. A Itália também impôs novas medidas de restrição à circulação de pessoas, hoje, para conter o avanço da Covid-19. O primeiro-ministro Giuseppe Conte assinou um decreto que prevê o fechamento de academias, piscinas e cinemas por pelo menos um mês, a partir de segunda-feira, 26.
A Espanha se tornou, nesta semana, o primeiro país europeu a ultrapassar 1 milhão de casos de Covid-19 oficialmente registrados. Contudo, Sánchez admitiu em um discurso, transmitido pela rede nacional, que o número real pode ser superior a 3 milhões, devido a lacunas nos testes e outros fatores. “A realidade é que a Europa e a Espanha estão imersas em uma segunda onda da pandemia“, disse Sánchez neste domingo, após reunião com seu gabinete. Ele informou ainda que pedirá ao Parlamento, nesta semana, para prorrogar o estado de emergência por seis meses, até maio.
Na Itália, também haverá um toque de recolher antecipado em cafés e restaurantes. “Nosso objetivo é proteger a saúde e a economia”, disse o primeiro-ministro italiano. No dia anterior, o país ultrapassou meio milhão de casos confirmados de coronavírus. Na Rússia, o número de casos ultrapassou 1,5 milhão neste domingo, com 16.170 novas infecções. O total de infectados é o quarto maior do mundo. A força-tarefa do governo para o coronavírus também contabiliza mais de 26.000 mortes.
Apesar da escalada, as autoridades russas vêm rejeitando repetidamente a ideia de uma segunda quarentena, depois de a maioria das restrições relacionadas ao coronavírus terem sido suspensas durante o verão. Várias regiões, entretanto, fecharam boates e limitaram o horário de funcionamento de restaurantes e bares. Na Austrália, um surto de Covid-19 no norte de Melbourne levou as autoridades de saúde a adiar qualquer afrouxamento das restrições para conter a pandemia. Na Índia, uma temporada de festivais hindus está levantando temores de que uma nova onda possa levar a retrocessos no combate ao vírus.
Coronavírus no Brasil
O Brasil registrou 461,14 mortes diárias pela Covid-19, segundo média móvel de sete dias. De acordo com dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esse é o menor patamar de óbitos diários desde 6 de maio, quando ocorreu uma média de 437,57 falecimentos pela doença. Divulgadas neste sábado, 24, as informações também apresentam queda de 6,5% no número de mortes em relação à média móvel de sete dias registrada uma semana antes (493,43) e de 33,4% na comparação com os óbitos de um mês antes (692,43). O pico de mortes por Covid-19 no país (1.094,14) foi atingido no dia 25 de julho.
Em relação aos casos da Covid-19, a média móvel de sete dias ficou em 22.483,14. Nesse tipo de análise, no entanto, houve alta de 11% em relação aos casos da semana anterior. Na comparação com o mês anterior, foi observada uma queda de 22,1%. O pico de casos diários (47.514,57) foi registrado em 28 de julho. Ao todo, 12 unidades da federação tiveram queda na média de mortes em relação à semana anterior.
Entre os maiores recuos estão Rondônia (-47,9%), Ceará (-44,6%) e Distrito Federal (-33,8%). Dez estados tiveram aumento na média de óbitos, com destaque para locais como Pará (95,4%), Amapá (66,3%) e Acre (40,8%). São Paulo (104,86), Rio de Janeiro (65,14) e Minas Gerais (46,71) registram a maior média de mortes neste sábado, enquanto Santa Catarina manteve o número entre uma semana e outra. Roraima, Tocantis e Mato Grosso do Sul não tiveram seus dados divulgados.
* Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo