OMS apoia AstraZeneca e defende segurança na busca da vacina contra a Covid-19

A segurança é a pedra angular da busca por qualquer vacina e é o pré-requisito que deve orientar os testes clínicos, disse nesta quarta-feira, 9, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao anúncio de que o teste de uma das vacinas candidatas mais promissoras contra a Covid-19 foi interrompido. A farmacêutica sueco-britânico AstraZeneca anunciou a suspensão do teste clínico da vacina candidata que estava fazendo, pois um dos participantes sofre de “uma doença potencialmente inexplicável”. O produto foi desenvolvido em colaboração com a Universidade de Oxford. “Quando surge em um participante de um teste uma doença potencialmente inexplicada, que pode ou não estar relacionada à vacina em avaliação, a investigação é uma prática padrão”, afirma um comunicado enviado pela OMS à Agência Efe.

A organização afirma que essas situações não são tão incomuns quanto se possa pensar e que a interrupção dura o tempo necessário para resolver a situação. “Estamos satisfeitos em ver os desenvolvedores de vacinas que garantem a integridade científica dos testes e estão sujeitos aos padrões e regras de desenvolvimento de vacinas”, disse a entidade que coordena os esforços globais contra a pandemia.

Uma ou mais vacinas são consideradas as principais armas para acabar com a pandemia e permitir a recuperação dos serviços nacionais de saúde, bem como das economias prejudicadas. As vacinas são testadas em voluntários, organizados em dois grupos na fase três dos testes clínicos. O primeiro grupo é inoculado com a vacina candidata e o segundo com um placebo, mas os participantes não sabem a que grupo pertencem. Todos são monitorados nas semanas seguintes para detectar se há mais casos de infecção no grupo que recebeu o placebo do que no outro, o que demonstraria que a vacina funciona.

Para isso, esses testes devem ser realizados em locais onde o novo coronavírus circula com intensidade, como foi o caso do teste da AstraZeneca, que testava sua vacina no Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e África do Sul. Os três últimos estão entre os dez países do mundo com os casos mais confirmados de Covid-19.

*Com informações da Agência EFE