Número de mortes por coronavírus nos EUA supera o 11 de setembro
A pandemia do novo coronavírus já causou mais mortes nos Estados Unidos do que os ataques do 11 de setembro de 2001. Na tarde desta terça-feira (31), o país alcançou o número de 3.415 vítimas fatais, segundo os dados divulgados pela Universidade John Hopkins. Já no atentado em Nova York – que é, até hoje, o mais letal realizado contra cidadãos comuns em todo o planeta – morreram 2.977 civis, além dos 19 sequestradores (ao todo, 2.996 pessoas).
O número de fatalidades também já superou o da China, onde a pandemia começou: lá, foram registradas 3.309 mortes em 82,2 mil casos de covid-19. A letalidade na terra do Tio Sam, porém, é menor. Se no país asiático, a taxa de mortalidade é de 4%, a dos Estados Unidos, que tem 175 mil casos, é de pouco menos que 2%.
Em termos numéricos, as mortes nos EUA são superadas por países da Europa, como Itália (com 12.428 vítimas fatais e 105,7 mil casos) e Espanha (8.269 vítimas fatais e 94,4 mil casos).
O estado de Nova York é o mais afetado, com quase a metade do total de mortes pelo novo vírus nos Estados Unidos: 1.550 vítimas. Na última segunda-feira (30), a capital do local reportou a primeira fatalidade pelo coronavírus em uma criança, que não teve idade nem sexo revelados.
Presidente dos EUA, Donald Trump anunciou, no último domingo (29), a extensão até 30 de abril de medidas de distanciamento social. Isso aconteceu após ele ter dado diversas declarações de que era preciso reabrir o país até a Páscoa. Mas foi convencido por dados e assessores de que o pior ainda estava por vir.
A expectativa do governo americano é de que o pico da covid-19 aconteça no país em duas semanas, em 15 de abril. Por causa da pandemia, mais de 225 milhões de pessoas estão em isolamento, que tem regras que variam de acordo com o local. Segundo um levantamento da Kaiser Family Foundation, dos 50 estados americanos, 46 fecharam escolas, 44 limitaram atividades de bares e restaurantes e 28 estão mantendo seus cidadãos em casa.