Morto na Bahia, miliciano Adriano da Nóbrega não foi executado, conclui SSP

Não houve espancamento nem execuçao na morte do miliciano Adriano da Nóbrega, segundo concluiu a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Nesta quarta-feira (26), a SSP passou detalhes da investigação sobre o caso.
De acordo com a conclusão, Adriano efetuou sete disparos contra os três policiais que invadiram o imóvel. Dois destes tiros acertaram o escudo de proteção usado pelo trio de PMs e outros cinco atingiram portas e janelas do imóvel.
No revide, que não durou mais que cinco sgundos, os policiais dispararam dois tiros contra Adriano. Um dos disparos foi dado por um tenente da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) que estava com um fuzil. Outro tiro partiu da carabina de um soldado do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
“O procedimento foi finalizado hoje. Com a chegada da reprodução (reconstituição do crime), nós conseguimos formatar os detalhes finais e ele (inquérito) está indo indo amanhã, pela manhã, para a o Ministério Público de Esplanada, para que siga seu encaminhamento formal”, declarou o delegado Marcelo Sansão, diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e responsável pelas investigações do caso.
O delegado Sansão disse que o proprietário do sítio não tinha realmente o conhecimento de que Adriano estava escondido no local. “Gilson não estava na região. Na época ele pensava em fazer uma comercialização do imóvel. Leandro, o fazendeiro, que já tinha uma amizade com Adriano, tinha a chave porque estava mostrando essa propriedade para possíveis interessados e houve interesse de Adriano na aquisição dessa propriedade”, explica.
O delegado disse que até agora tem não informações sobre os celulares encontrados com Adriano que forma enviados ao Ministério Público do Rio de Janeiro. “Em consequência da investigação do Rio, que estão mais evoluídas sobres as movimentações criminais, ações de inteligências, foram encaminhados para lá, pois havendo informações importantes para o processo investigativo na Bahia, iriam ser compartilhados. Até o momento não houve esse repasse de informações”, contou.
Reconstiuição
O perito criminal José Carlos Montenegro, que assina o laudo de reconstituição, disse que as versões apresentadas pelos três policiais são convergentes com a simulação dos fatos. Ele disse que os três policiais – um tenente e dois soldados – ao chegarem ao sítio, perceberam que um homem, neste caso Adriano, havia corrido para dento do imóvel.
Os policias desembarcam da viatura e mantém a mesma formação tática até o final da ação: um soldado vai à frente com o uso de um escudo balístico para dar proteção, atrás o tenente com um fuzil e o segundo soldado na retaguarda com uma carabina. Eles se posicionaram na entrada da casa e pediram para que Adriano abrisse a porta. Testemunhas confirmaram a versão dos policiais.
Diante do silêncio, os policiais usaram um aríete para arrombar a porta e dão de frente com Adriano, armado com uma pistola 9 mm, no corredor do imóvel “No momento, o escudo recebe os primeiros tiros do suspeito que está reagindo a uma abordagem policial. Houve revide e Adriano acabou atingido duas vezes. Um dos disparos foi dado por um tenente que portava um fuzil. Outro tiro partiu da carabina de um soldado do Bope”, declarou Montenegro.