Microempreendedores individuais crescem 5,4% no 2º quadrimestre


Novos cadastros categoria chegaram a 889 mil entre maio e agosto, totalizando 10,6 milhões de MEIs no país. Grupo responde por 55% do total de empresas abertas. Confeiteira de São Carlos (SP) que virou MEI durante pandemia de Covid-19
Reprodução EPTV
Foram abertos 889 mil registros de Microempreendedores Individuais (MEIs) no 2º quadrimestre deste ano, um crescimento de 1,4% em relação, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira (17), no Mapa de Empresas.
Com isso, o Brasil tem, até agosto deste ano, um total de 10,6 milhões de pessoas cadastradas no MEI, regime jurídico muito utilizado por autônomos e empreendedores para a formalização.
Os MEIs corresponderam ainda a 55% das empresas que foram entre maio e agosto no país, um total de 1,1 milhão.
Os setores com maior número de abertura de MEIs no 2ª quadrimestre foram:
Comércio varejista de vestuário e acessório: 62,8 mil
Promotor de vendas (panfleteiro): 48,4 mil
Fornecimento alimentos para consumo doméstico: 41,8 mil
Cabeleireiros, manicure e pedicure: 35,5 mil
Obras de alvenaria: 34,4 mil
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Ao comentar os dados do Boletim, a subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Antonia Tallarida disse que o crescimento dos MEIs não é reflexo da crise econômica provocada pela pandemia.
“A gente não viu foi a crise impactando nesses números [abertura de MEIs], política que ajuda o empreendedor que decide largar seu emprego para montar seu negócios. E está funcionando muito na economia sobre demanda, motoristas e entregadores de aplicativos”, disse ela.
Já o professor de finanças do Ibmec-SP, George Sales, vê nesse movimento um reflexo da redução do emprego com carteira assinada durante a pandemia do coronavírus.
“A quantidade de empresas mais estruturadas que fecharam no período foi grande. Então você tem pessoas migrando para atividades autônomas, abrindo uma MEI para continuar trabalhando na formalidade e para recolher, por exemplo, o INSS”, diz Sales.
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