Mercado Municipal de Cajazeiras reabre com Prefeitura-Bairro e espaço Boca de Brasa
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O Mercado Municipal de Cajazeiras foi reinaugurado nesta quinta-feira (10). Há três anos o espaço sofreu um incêndio que danificou parte da estrutura. Ele fica na Avenida Engenheiro Raimundo Carlos Nery, em Cajazeiras X, próximo da Rotatória da Feirinha. O espaço foi requalificado e, além das lojas, vai abrigar também a nova sede da Prefeitura-Bairro e do distrito sanitário da região, e um Espaço Boca de Brasa.
O prefeito ACM Neto participou da reabertura do mercado e relembrou a decepção com o incêndio, ocorrido apenas dois anos depois da inauguração, e as adaptações feitas para tornar o local ainda mais funcional e de acordo com os interesses dos moradores.
“Vocês sabem que no ano de 2015 nós inauguramos esse mercado. Se tratava de uma antiga reivindicação da comunidade, um sonho histórico dos comerciantes de Cajazeiras. Essa foi uma promessa minha, na primeira campanha, em 2012, e nós conseguimos realizar ainda no meu primeiro mandato. Depois aconteceu aquele lamentável episódio do incêndio, que comprometeu boa parte desse andar, o que nos obrigou a fazer uma intervenção”, destacou o prefeito, antes de citar algumas das mudanças para a reinauguração.
“Aproveitamos para trazer a Prefeitura-bairro, que funcionava num imóvel locado, e concretizar a implantação do Boca de Brasa, que é um espaço de apresentação cultural onde a comunidade pode, através dos seus grupos artísticos, ter ali um teatro para todas as idades. Então, casou tudo, e conseguimos chegar à melhor utilização do Mercado de Cajazeiras”, continuou Neto, se referindo as medidas tomadas para melhorar o fluxo na Rótula da Feirinha.
“Implantamos o mercado, mas ainda havia a tradição das pessoas continuarem ocupando aquele espaço da Rótula da Feirinha, continuarem ocupando as calçadas de toda essa área, então, compreendemos que era preciso transformar esse equipamento em um espaço multiuso, aproveitando para casar, de um lado, a atividade comercial, e do outro a oferta de serviços por parte da prefeitura”, citou Neto, em referência ao retorno, por exemplo, dos vendedores de frutas e hortaliças para a rotatória.
O mercado agora conta com 69 boxes, que comercializam produtos típicos vendidos na região, e inclui também açougue, floricultura, restaurantes, entre outros serviços. Para quem chega de carro, o local possui 69 vagas de estacionamento Zona Azul.
Nesse primeiro dia alguns moradores já apareceram para conferir o resultado da obra. A dona de casa Márcia Carvalho, 44 anos, levou até uma lista de compras.
“Estava indo na feirinha quando vi que o mercado tinha sido aberto. Resolvi entrar e dar uma olhadinha. A reforma ficou legal. Eu passei por aqui um dia após do incêndio e lembro que o cheiro de queimado estava bastante forte”, disse.
Para a professora aposentada Maria José Evangelista, 68, o novo espaço ajudou a organizar a feira, mas fez uma ressalva. “Essa organização é muito bem-vinda, ainda mais em tempo de coronavírus, mas eu lembro que logo quando o mercado abriu os comerciantes reclamaram que o movimento estava baixo. Espero que as pessoas frequentem mais o mercado”, disse.
Já o Espaço Boca de Brasa vai permitir apresentações culturais no local. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult). Ele vai permanecer fechado até que os eventos festivos sejam autorizados pela prefeitura.
Incêndio
O mercado foi inaugurado pela primeira vez em novembro de 2015, mas em junho de 2017 um incêndio comprometeu a estrutura. Os bombeiros relataram, na época, que as primeiras chamas surgiram às 22h48. Era 18 de junho, um domingo. As primeiras equipes chegaram, mas o fogo só foi debelado às 4h16 do dia seguinte.
O mercado estava fechado no momento do incêndio e foram encontradas garrafas de álcool e isqueiros no local, o que levantou a suspeita de que o fogo foi provocado intencionalmente. As chamas destruíram a parte interna do mercado, atingiu vários boxes e danificou parte do telhado.
No dia seguinte, o local tinha bastante cinzas e o cheiro forte de borracha queimada persistiu por alguns dias. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.