MEC nomeia ex-FNDE para diretoria de apoio às redes na educação básica

Karine Silva dos Santos vai comandar posto que pode ter papel-chave no apoio às escolas públicas na retomada das aulas presenciais, mas ainda é incerta a postura que o MEC terá em uma possível articulação nacional O Ministério da Educação (MEC) colocou Karine Silva dos Santos, ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para comandar a Diretoria de Articulação e Apoio às Redes de Educação Básica. A nomeação está no “Diário Oficial da União” desta sexta-feira (28).
O posto pode ter um papel-chave no apoio às escolas públicas na retomada das aulas presenciais, mas ainda é incerta a postura que o MEC terá em uma possível articulação nacional (leia mais abaixo).
O G1 entrou em contato com o MEC pedindo mais informações, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Karine foi nomeada para a presidência do FNDE em dezembro do ano passado. Na época, o MEC afirmou que “a escolha do nome [de Karine] se deu pelo perfil técnico”. O fundo tem a função de executar os principais programas de financiamento da educação básica, como os programas de merenda escolar, transporte escolar e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e tem orçamento de 54 bilhões.
O “perfil técnico” de Karine a manteve seis meses à frente do cargo. Em junho deste ano, o governo Bolsonaro colocou o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Marcelo Lopes da Ponte, à frente do órgão.
Após sair do FNDE, Karina ocupou o cargo de técnica em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais.
MEC e apoio às redes na pandemia
O ministério ainda não divulgou ações de apoio às escolas públicas, que devem ter redução no orçamento de R$ 59 bilhões com a queda de arrecadação de tributos estaduais e municipais destinados à educação, justamente no ano em que terão aumento de custos, com a readequação dos espaços para receber alunos e novos protocolos de segurança e higiene.
Por enquanto, o MEC anunciou o apoio a 400 mil estudantes de baixa renda que estão em universidades e institutos federais de ensino. Eles receberão chips pré-pagos ou bônus de internet para acessar as aulas virtuais, ao custo de R$ 24 milhões. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a afirmar que a ajuda chegou “um pouquinho tarde”.
Milton Ribeiro diz que ‘foi um pouquinho tarde’ iniciativa do MEC de internet gratuita