IPCA-15: prévia da inflação oficial fica em 0,23% em agosto com alta no preço dos combustíveis


No ano, índice acumula alta de 0,90% e, nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 2,28%, segundo o IBGE. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), subiu 0,23% em agosto, segundo divulgou nesta terça-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi mais uma vez puxada pelo aumento dos preços dos combustíveis.
Em julho, o indicador – que é considerado uma prévia da inflação oficial do país – havia registrado alta de 0,3%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,90% e, nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 2,28%.
Prévia da inflação oficial fica em 0,23% em agosto
Economia G1
“Os preços dos combustíveis subiram 2,31% e pressionaram a prévia da inflação, sendo que o maior impacto individual positivo (0,12 ponto percentual) veio da gasolina, com alta de 2,63%. O óleo diesel (3,58%) e o gás veicular (0,47%) também tiveram aumento nos preços, enquanto o etanol apresentou queda de 0,28%”, informou o IBGE.
Perspectivas e meta de inflação
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central do governo para o IPCA, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Segundo o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, os analistas do mercado financeiro estimam uma inflação de 1,71% em 2020.
O menor menor patamar da inflação desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já registrado foi em 1998 (1,65%).
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central
Aparecido Gonçalves/Arte G1
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano.
Para o fim de 2021, a expectativa do mercado subiu de 2,75% para 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Já para o Produto Interno Bruto (PIB), a projeção dos analistas é de um tombo de 5,46% em 2020.
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