Investimento em carreira da área de Saúde pode chegar a R$ 10 mil/mês; veja preços

Tradicionais e cheios de prestígio, as formações na área de saúde nunca estiveram tão valorizadas, especialmente, em tempos de prevenção e controle dos efeitos da covid-19. Apesar do potencial de empregabilidade e das carreiras, de um modo em geral, serem bem remuneradas, se tornar um profissional dessa área exige disposição para desafios, especialmente no início da carreira, capacidade de adaptação e, principalmente, gostar de lidar com seres humanos.
O CORREIO mostra, nessa reportagem, os valores médios cobrados em instituições de ensino particulares da Bahia. No ensino público, há cursos da área de saúde em instituições estaduais e federais. do estado.
De acordo com a gerente acadêmica da Escola de Ciências da Saúde e Bem Estar, da Unifacs, Flávia Guimarães, as carreiras mais buscadas são Medicina, Medicina Veterinária, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição.
“Na Unifacs, cursos de graduação da Escola de Saúde e Bem-Estar como Enfermagem e Fisioterapia variam de R$ 799 a R$ 1.485 e podem ser encontrados nas modalidades presencial e semipresencial. Já o curso de Medicina, é presencial e diurno, e o valor é de R$9.418,88 por mês”, diz a educadora, ressaltando que os alunos dos 11 cursos da Escola de Saúde e Bem-Estar contam também com laboratórios de alta tecnologia, que os preparam melhor para atuação na vida real, proporcionando uma formação acadêmica ainda mais completa.
A professora do Centro Universitário Estácio, Vanessa Sena enfatiza que, além da crise da pandemia, o envelhecimento populacional e a necessidade de assistência crescente contribui para ampliar o interesse na área da saúde. “Medicina e Enfermagem são áreas de bastante interesse, pelo fato de prestarem assistência direta ao paciente / cliente, com certa autonomia, especialmente medicina, mas a enfermagem vem demonstrando crescimento especialmente nas áreas de estética , estomaterapia e gestão, por exemplo, além da área hospitalar”, afirma, destacando que, além dessas duas áreas, fisioterapia também desperta interesse, especialmente porque detém possibilidades variadas de abordagem na assistência.
Retorno rápido
Outro aspecto destacado por Vanessa consiste no fato de que os profissionais da área de saúde têm a vantagem da possibilidade de mais de um vínculo empregatício, respeitando a carga horária determinada, o que possibilita retorno financeiro relativamente rápido, se comparado às outras profissões. “Em tempo médio de dois ou três anos, o mesmo já pode ter o retorno do que investiu nas mensalidades da graduação”, completa.
A gerente de marketing e comercial da Unifacs, Carla Batista pontua que o retorno do investimento na formação dependerá da flexibilidade do estudante em aceitar mudanças, por exemplo, de cidades, indo para onde há oferta de empregos, ou começar a trabalhar em áreas que não eram seu desejo inicial. “Vale salientar que a graduação é para a formação geral. Assim, os casos de trabalhos em área de especialização, geralmente, requerem uma pós-graduação ou residência. Isso quando falamos em retorno financeiro, porque o retorno não material ocorre a cada momento que o egresso tem a possibilidade de “cuidar” de alguém”, pontua.
Com uma postura similar, Flávia Guimarães diz que, apesar da área de saúde ainda ter aquela máxima de “não falta emprego”, essa empregabilidade está condicionada às adaptações do profissional a lugares ou locais de trabalho que podem não ser os desejados inicialmente, ou a empregos que não oferecem, na percepção individual, “boas condições”, ou pelo aumento gritante de oportunidades “novas” que têm surgido no mundo atual, diferentes das já “tradicionalmente estabelecidas”.
“Especialmente, para o início da carreira, quando as experiências profissionais ainda são pequenas e uma pós-graduação ou residência para áreas específicas ainda não está finalizada esse cenário é mais marcante”, diz.
A gerente acadêmica ressalta que, nessas situações, a escolha da formação numa instituição de ensino superior (IES), que tenha um projeto pedagógico para a área de saúde focada na competência profissional, tanto específica quanto geral, faz toda a diferença. “Isso inclui oportunidades de treinamento dos alunos em ambientes cada vez mais próximos da realidade (como, por exemplo, os centros de simulação realística de alta fidelidade), associada à oferta de portfólio de campos externos de prática que possibilitem aos alunos experienciarem a diversidade de oportunidades que o mercado atual oferece”, completa.
Perfis
Carla faz questão de destacar que, além da formação básica acadêmica, é crucial o investimento em competências profissionais gerais, que são de ampla valorização por parte dos empregadores, sendo as principais: analisar problemas, trabalhar em equipe, atingir objetivos, aprender a autodesenvolver-se e adaptar-se à mudança. “Novamente toda a diferença está na escolha pela graduação em uma IES que tenha no escopo de suas ações pedagógicas, a formação do indivíduo enquanto cidadão do mundo”, defende.
Vanessa Sena finaliza, lembrando que para atuar na área de saúde, é especialmente indicado que o aluno tenha empatia pelo sofrimento humano, habilidade para lidar com os seres humanos saudáveis ou não, interesse, curiosidade para aprender e é interessante que goste de estudar, já que na sua vida profissional irá lidar com vidas.
Custo de formação mensal (valores médios)
Enfermagem (presencial) – de R$ 1.109 a R$ 1.485
Medicina (presencial) – R$ 9.428,88
Fisioterapia (presencial e semipresencial) – de R$ 799 a R$ 1.445
Biomedicina (presencial) – R$ 1.100 a R$ 1.476
Educação Física (presencial e semipresencial)- R$ 399 a R$ 1.059
Estética e Cosmética (presencial) – R$ 989
Farmácia (presencial) – R$ 1.150 a R$ 1.480
Nutrição (presencial e semipresencial) – R$ 699 a R$ 1.540
Psicologia (presencial) – R$ 999 a R$1.922
Serviço Social (semipresencial) – R$ 390 a R$ 450
Medicina Veterinária (presencial) – R$ 2.930