Internet é ruim para 77 milhões na zona rural de América Latina e Caribe, diz estudo
Estudo internacional revela diferença entre o acesso em áreas urbanas e áreas rurais. Segundo levantamento, Brasil tem o melhor índice de conectividade na área rural. Pelo menos 77 milhões de pessoas que vivem em territórios rurais da América Latina e do Caribe não têm acesso à internet com padrões mínimos de qualidade, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Microsoft.
De acordo com o estudo, esse contingente representa 63% da população rural de 24 dos 33 países latino-americanos e caribenhos.
O levantamento revela grande diferença entre o acesso à internet de qualidade em áreas rurais e urbanas na América Latina e Caribe:
na área urbana, 71% da população têm opções de conectividade;
na área rural esse percentual cai para 37%.
Em toda a região, aponta o levantamento, 32% da população (244 milhões de pessoas), não têm acesso a serviços de internet.
O Brasil integra o grupo com melhor qualidade de acesso na área rural, informa o estudo.
Segundo o levantamento, o país é o que apresenta melhor índice de conectividade, com 47% da população rural com acesso a serviços de conectividade em padrões mínimos de qualidade.
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O estudo classificou os países pesquisados em três categorias:
Baixa conectividade: Jamaica, El Salvador, Belize, Bolívia, Peru, Honduras, Venezuela, Guatemala, Nicarágua e Guiana
Média conectividade: Trinidad e Tobago, México, Argentina, Uruguai, República Dominicana, Equador e Paraguai
Alta conectividade: Brasil, Chile, Costa Rica, Bahamas, Barbados, Panamá e Colômbia
“Melhorar a conectividade e eliminar os hiatos digitais entre pessoas e entre territórios rurais e urbanos deve ser de grande interesse e prioridade para o projeto de políticas, quando se reconhecem e evidenciam seus benefícios”, afirma o estudo.
O levantamento ressalva, no entanto, que o desafio será grande, considerando a recessão provocada pela pandemia da Covid-19, a maior registrada na história da América Latina e do Caribe.
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