Inflação acelera em setembro; veja os preços que mais caíram e os que mais subiram no acumulado no ano


Inflação ficou em 0,64% em setembro, maior alta para o mês desde 2003, acumulando no ano alta de 1,34%. Feijão, óleo de soja e arroz subiram mais de 40% no ano, enquanto que o preço da passagem aérea caiu 55%. Inflação acelera para 0,64% em setembro, maior alta para o mês desde 2003
Alimentos como arroz, feijão, óleo de soja e leite estão entre os itens que mais subiram em 2020, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inflação acelera para 0,64% em setembro, maior alta para o mês desde 2003
Já os preços da passagem aérea, do transporte por aplicativo e do abacate foram os que tiveram a maior queda no acumulado em 9 meses dentre os mais de 400 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.
Veja abaixo as 20 maiores altas e as 20 quedas no acumulado no ano:
20 maiores altas
feijão fradinho: 57,29%
limão: 51,75%
óleo de soja: 51,30%
manga: 43,70%
morango: 40,94%
arroz: 40,69%
peixe-tainha: 39,43%
abobrinha: 38,85%
feijão-preto: 34,47%
cenoura: 33,50%
cebola: 32,66%
leite longa vida: 30,38%
feijão mulatinho: 28,30%
tomate: 25,55%
fígado: 25,25%
tijolo: 22,32%
pera 21,82
computador pessoal: 20,58%
peixe-filhote: 18,35%
correio: 18,31%
20 maiores quedas
passagem aérea: -55,17%
transporte por aplicativo: -22,74%
abacate: -22,35%
filé-mignon: -20,08%
seguro voluntário de veículo: -11,86%
mochila: -11,76%
móvel para copa e cozinha: -11,46%
couve-flor: -10,48%
agasalho feminino: -10,04%
etanol:-9,74%
agasalho infantil: -9,43%
mudança: -9,16%
alcatra: -9,07%
ônibus interestadual: -9,02%
móvel para sala: -8,93%
hospedagem -8,87
móvel para quarto: -8,01%
agasalho masculino: -8,01%
caderno: -7,54%
brinquedo: -7,50%
O que mais pesou em setembro
Dos cinco principais impactos individuais no IPCA de setembro, 4 foram do grupo de alimentação e bebidas (carnes, arroz, óleo de soja e leite longa vida) e um de transportes (gasolina).
Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a alta nos preços de alimentos como arroz e óleo está relacionada ao dólar alto e à maior demanda interna.
“Pelo lado da demanda, tem um impacto do auxílio emergencial, que tem garantido a manutenção do consumo, sobretudo das famílias mais pobres. Pelo lado da oferta, tem também o impacto do câmbio, com aumento significativo das exportações de produtos como o arroz e a soja”, destacou.
Alimentos e transportes foram os grupos que mais pesaram na inflação de setembro, segundo o IBGE
Divulgação
Serviços ainda acumulam deflação no ano
Os custos de serviços avançaram 0,17% em setembro, após deflação de 0,47% em agosto, confirmando a recuperação mais lenta do setor, que tem se mostrado o mais impactado pela pandemia de coronavírus. No acumulado no ano, os preços de serviços ainda registram deflação de 0,05%.
Entre as quedas no mês, destaque para os custos com costureira (-0,59%), cabeleireiro (-0,37), cursos diversos (-0,77%) e hospedagem (-0,47%).
Em meio à flexibilização das medidas de restrição e do isolamento social, alguns serviços já começam a registrar aumento nos preços. A alimentação fora, por exemplo, teve alta de 0,82% em setembro, após deflação de 0,11% no mês anterior. As passagens aéreas tiveram a maior variação, de 6,39%, ante recuo de 1,97% em agosto. Já o aluguel de veículos teve aumento de 5,14%.
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