Hackers vendem acesso a imagens capturadas de 50 mil câmeras expostas na web, diz site
Pacote de imagens e vídeos teria 3 terabytes e está sendo oferecido em uma rede social por US$ 150. Câmeras de segurança com acesso à internet precisam de atualizações e senhas fortes para não deixarem imagens expostas.
Altieres Rohr/G1
Criminosos estão oferecendo um pacote de 3 terabytes de imagens e vídeos que teriam sido coletadas de 50 mil câmeras de segurança expostas na web. O grupo estaria cobrando uma taxa única de US$ 150 (cerca de R$ 850) pelo acesso e oferecendo 4 mil imagens em uma “amostra grátis”.
As câmeras em questão são as chamadas “câmeras IP” ou “câmeras de segurança” que atuam como dispositivos em redes e, muitas vezes, podem se conectar à internet.
O caso foi exposto por uma reportagem do site “The New Paper”, de Singapura, que detalhou a oferta dos criminosos e descreveu algumas das imagens. Há indícios de que parte do conteúdo retrate crianças e adolescentes menores de idade.
Os interessados nas imagens estariam organizados em grupos em redes de comunicação com quase mil membros interessados nesse tipo de invasão de privacidade.
Segundo a publicação, as imagens parecem ter sido capturadas a partir de câmeras em países como Singapura, Canadá, Coreia do Sul e Tailândia.
Não se sabe como os invasores obtiveram acesso a cada uma das câmeras, mas os problemas de segurança nesses equipamentos são conhecidos.
No início do ano, a Polícia Federal emitiu um alerta a respeito dessas câmeras e babás eletrônicas, informando que havia detectado 141 invasões em 35 municípios brasileiros.
Em junho, um órgão de proteção ao consumidor no Reino Unido divulgou alerta semelhante.
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Câmeras com conexão à internet precisam ser protegidas com atualizações de software e senhas robustas. Após alguns anos, caso a fabricante descontinue o suporte ao software, o uso dos equipamentos pode ficar mais restrito.
Nas piores circunstâncias, pode ser necessário descartar o produto pela falta de segurança decorrente da ausência de atualizações e suporte do fabricante.
Quando estão desprotegidas, as câmeras podem deixar todo o vídeo capturado exposto na web. O invasor só precisa decidir quais intervalos de tempo deseja gravar e ter condições de armazenar os dados. Com isso, as imagens ficam registrados permanentemente.
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