Grupo Gay de Alagoas busca apoio para abertura do primeiro Centro de Acolhimento LGBTQI+

Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego (CAERR) vai ofertar assistência jurídica, psicológica e cursos profissionalizantes para pessoas vítimas de violência e exclusão. Grupo Gay de Alagoas diz que casos de rejeição da população LGBTQL aumentaram
A luta por espaço e igualdade de direitos faz parte da comunidade LGBTQI+. Pensando nisso, o Grupo Gay de Alagoas (GGAL) decidiu fazer uma mobilização para que a primeira casa de acolhimento destinada a esse público seja inaugurada no estado. Mas para que isso aconteça até o final de agosto, precisa de doadores e voluntários que contribuam com o projeto.
O Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego (CAERR) vai funcionar no centro de Maceió. O nome é uma homenagem ao fundador do GGAL, assassinado a facadas no seu apartamento em 2011.
A iniciativa tem como objetivo levar assistência a pessoas da comunidade LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais), vítimas de violência e exclusão. O espaço vai oferecer moradia temporária e acolhimento social, com assessoria jurídica, psicológica, cursos profissionalizantes, preparatórios para o Enem e vestibular e atividades nos segmentos da arte, cultura, lazer e esporte.
O orçamento inicial para que o projeto saia do papel ficou no valor de R$ 3 mil, dinheiro que será utilizado para gastos com aluguel, luz, internet, telefone e materiais de limpeza, higiene e escritório. Além de voluntários para ajudarem na abertura do espaço, o GGAL também está recebendo doações a partir de R$ 5. Para doar, basta preencher um formulário e fazer parte dos apoiadores do projeto. Clique aqui para fazer o cadastro.
Segundo o presidente do GGAL, Nildo Correia, durante a pandemia da Covid-19, mais de 400 pessoas buscaram apoio do grupo e relataram casos de violência física ou moral, por isso “a necessidade de um acolhimento específico para essa população, pois queremos um lugar decente para que elas possam comer e dormir”.
“Com a pandemia, a violência acabou aumentando principalmente dentro de casa, com os próprios familiares. Nós recebemos 42 casos que foram encaminhados para abrigos municipais, de pessoas que foram expulsas ou que perderam o emprego e não tinham onde morar”, informou.
De acordo com Correia, advogados, professores e médicos já se ofereceram para trabalhar como voluntários. Para que mais pessoas possam prestar algum serviço na área da saúde, cultura ou educação, por exemplo, um formulário de inscrição está sendo elaborado e vai ser divulgado em breve.
“A gente sabe que é uma população que muitas vezes não tem condições de pagar um curso, principalmente travestis e transexuais, que ainda sofrem bastante preconceito e exclusão, tanto da sociedade como do mercado de trabalho”, disse.
Os interessados também podem entrar em contato através do WhatsApp: (82) 99644-1004 e nas redes sociais: @caerr.al e @grupogaydealagoas.
Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego (CAERR), em Maceió
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Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego (CAERR), em Maceió, busca apoio de voluntários
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