Fiscalização ambiental resgata mais de 200 pássaros em área protegida em Murici, AL


Entre as aves capturadas ilegalmente estava uma Tangara fastuosa, que corre risco de extinção. Oito pessoas foram autuadas por crime ambiental. Ave da espécie Tangara fastuosa foi encontrada em cativeiro em Colonia Leopoldina, Alagoas; espécie está ameçada de extinção
Ascom/IMA
Uma fiscalização ambiental na Área de Proteção Ambiental (APA) e Estação Ecológica (Esec) de Murici, na Zona da Mata de Alagoas resultou no resgate de 216 pássaros capturados ilegalmente. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Entre as espécies resgatadas estava uma Tangara fastuosa, ave conhecida como Sairá Pintor, que é ameaçada de extinção.
De acordo com o IMA, foram apreendidas seis tatuzeiras (tipo de armadilha para tatu), além de três espingardas, cinco canos e 12 armadilhas. As ações ocorreram nos dias 27, 29 e 30 de junho de 2020, e o órgão expediu oito autos de infração, somando R$ 67 mil de multa.
Participaram da operação o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
Ainda segundo o IMA, alguns animais foram soltos, mas outros tiveram que ser encaminhados ao Centro de Triagem e Animais Silvestres (Cetas), no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), para receber tratamento até que tenham condições de ser reintroduzidos à natureza.
É considerado crime ambiental pôr em cativeiro animais da fauna silvestre nativa sem a devida licença do órgão competente. O IMA explica que muitas das aves vítimas de caçadores são destinadas ao mercado ilegal, tanto por vendedores, compradores que podem ser considerados infratores, traficantes e colaboradores. Os responsáveis pelo crime podem sofrer pena de detenção de seis meses a um ano, responder processo administrativo e pagar multa.
Após resgate de pássaros no interior de Alagoas, gaiolas foram destruídas
Ascom/IMA
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