EUA bloqueiam entrada de estudantes estrangeiros que teriam apenas aulas remotas


Governo desistiu de mandar embora do país alunos que já estão nos EUA, mas decidiu barrar entrada daqueles com matrículas novas ou com status posterios a 9 de março, segundo anúncio feito nesta sexta-feira (24). Campus da Universidade Harvard, nos EUA, em foto de 10 de março
Brian Snyder/Arquivo/Reuters
O serviço de imigração e controle de aduanas americano (ICE) informou nesta sexta-feira (24) que novos estudantes estrangeiros cujas aulas forem exclusivamente remotas não poderão entrar no país, depois que o governo desistiu de impor uma nova regra, após uma onda de indignação.
“Os estudantes com matrículas novas ou com status posterior a 9 de março não poderão entrar nos Estados Unidos para seguirem cursos em escolas como estudantes não-imigrantes no outono caso seus programas sejam 100% on-line”, informou a direção do ICE.
O governo de Donald Trump, que mantém uma política austera contra a imigração irregular e que, durante a pandemia, suspendeu a emissão de vários vistos, anunciou, no começo do mês, que não receberia, nem permitiria, que estudantes cujos programas fosse exclusivamente remotos devido à pandemia permanecessem no país.
Depois que universidades renomadas, como Harvard e MIT, protestaram contra a decisão e recorreram à Justiça, o governo americano voltou atrás, no último dia 14.
Os Estados Unidos contabilizam cerca de 1 milhão de estudantes estrangeiros (5,5% do total) e muitas instituições dependem, em grande parte, dos pagamentos dos mesmos.
Universitários estrangeiros nos EUA – Brasil é o 10º país com mais estudantes no país
Arte/G1