Há registros de 17 choquinhas-de-alagoas em área da Mata Atlântica no estado e estima-se que existam apenas cerca de 50 delas. Pesquisadores se mobilizam para que ave não desapareça. Choquinha-de-alagoas, da espécie Myrmotherula snowi
Ascom/IMA
O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) divulgou nesta sexta-feira (17) a informação de que um dos pássaros mais ameaçados de extinção do mundo se encontra abrigado em uma estação ecológica no estado. Trata-se da choquinha-de-alagoas, da espécie Myrmotherula snowi.
A espécie aparece em uma lista nacional que é utilizada pelo IMA para realizar trabalhos na área de fauna. Pesquisadores do instituto e da Universidade Federal de Paraíba (UFPB) têm se mobilizado para que a ave não desapareça da Mata Atlântica.
O IMA informou ainda que o pássaro é considerado endêmico, por habitar apenas no fragmento de Mata Atlântica da estação ecológica. Há registros de 17 choquinhas-de-alagoas na região, mas estima-se que existam cerca de 50 delas.
O Gerente de Fauna, Flora e Unidades de Conservação (Gefuc) do IMA, Epitácio Correia, contou que o pássaro tem predileções específicas, como por exemplo áreas a partir de 400 metros de altitude do nível do mar, e árvores altas.
“A espécie choquinha-de-alagoas vem sendo mais estudada nos últimos dois anos, ainda sabe-se pouco sobre ela. Muita coisa ainda vai ser descrita por instituições e pesquisadores, e a gente espera poder direcionar ações e continuar os trabalhos mais específicos em prol da conservação desses animais” disse Correia.
Pesquisas recentes indicam que rápidas mudanças ambientais trazem desequilíbrios ecológicos e fazem com que animais endêmicos, a exemplo da choquinha-de-alagoas, sejam extintos, como também o desaparecimento acelerado de outros animais. Segundo Epitácio, a criação dessas espécies endêmicas em Unidades de Conservação é um dos meios para que tanto a flora quanto a fauna sejam preservadas e continuem nos habitats naturais.
“As áreas protegidas, de modo geral, têm muita importância para a perpetuação desses animais. Além de ser a base para a garantia de diversos recursos, como a qualidade do ar”, conclui.
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