Enquete da OAB-AL aponta que 84,6% não concordam com retomada de aulas presenciais no momento

Com base nas respostas, será montada força-tarefa para entrar em contato com municípios e ter informações acerca das condições das escolas e da infraestrutura dos locais. Pesquisa da OAB-AL mostra que quase 85% dos entrevistados são contra ao retorno presencial das aulas
Ascom OAB-AL
A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB-AL) divulgou, nesta quarta-feira (2), o resultado da enquete online sobre o retorno das aulas presenciais. Das 18.595 respostas de pais, estudantes e profissionais da educação foram recebidas, 84,6% disseram não concordar com a retomada.
A iniciativa da pesquisa foi da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da OAB-AL. A enquete foi realizada entre os dias 24 e 31 de agosto. Os participantes responderam a cinco perguntas e tiveram acesso a um espaço destinado a sugestões e observações.
A pergunta principal foi sobre o retorno das aulas presenciais no atual cenário provocado pela pandemia da Covid-19. No total, 15.731 pessoas disseram não concordar.
Os participantes também responderam que, no caso de retorno, não sentem segurança em voltar ou levar o filho à escola, não acham que as escolas estão preparadas para manter o distanciamento social entre as crianças, adolescentes e profissionais da educação, não concordam com o ensino híbrido, metodologia que mescla aulas de forma virtual e presencial, e não concordam com a retomada das atividades das creches.
“A enquete visou entender o desejo da sociedade. Com o resultado, percebemos que alcançamos todo o estado, foi muito positivo. Esses dados irão surtir efeito no âmbito do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, que vem travando diálogos e questionamentos com os gestores estaduais e municipais sobre o assunto”, explicou o presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Paraizo.
Com base nas respostas coletadas, será montada uma força-tarefa para entrar em contato com os municípios e ter informações acerca das condições das escolas e da infraestrutura dos locais.
Também deve ser realizada uma audiência pública para ouvir especialistas e, com base nas informações coletadas a Comissão vai atuar junto aos órgãos competentes.
“Além disso, também vamos encaminhar esses dados para as promotorias da Infância de todo o estado, apresentando o índice da pesquisa e as sugestões válidas inseridas pelos participantes”, disse Paraizo.
OAB quer saber a opinião de pais, alunos e educadores sobre volta às aulas presenciais
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