Engenheiros contratados pela Braskem vistoriam imóveis afetados pelas rachaduras em Maceió
Objetivo é elaborar laudos que serão entregues à empresa para futuras avaliações de danos aos imóveis.
Engenheiros contratados pela Braskem começaram uma vistoria nesta quarta-feira (15) em prédios e escolas afetados pelas rachaduras nos bairro do Pinheiro e Bebedouro, em Maceió. O objetivo é elaborar laudos que serão entregues à empresa para futuras avaliações de danos aos imóveis.
A extração da sal-gema feito pela Braskem foi apontada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) como a causa das rachaduras no Pinheiro, Bebedouro e também no bairro do Mutange. Este último não foi vistoriado nesta quarta.
Os seis engenheiros da inspeção foram indicados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea) para avaliar as estruturas dos conjuntos Jardim das Acácias e Divaldo Suruagy, além de 3 escolas. O Colégio Bom Conselho, que fica no bairro de Bebedouro, também passou por vistoria. O trabalho deve durar 45 dias.
“É uma inspeção predial mais simples, é uma inspeção visual das rachaduras e fissuras. Nós não vamos buscar equipamentos para ver fundação a não ser que ela esteja exposta nós já podemos fazer uma análise. É para ver justamente o nível de gravidade que cada bloco e apartamento está apresentando” , disse Marlo Melo, engenheiro coordenador do grupo.
A primeira visita ocorreu no bloco 7 do conjunto Divaldo Suruagy. Apesar dos reparos feitos pelos moradores, as rachaduras continuam aumentando, dentro e fora dos apartamentos. Em um deles, a parede da cozinha está oca.
“Nesse primeiro momento nós vamos fazer exames porque vamos fazer um roteiro para que todos sigam. Os laudos vão ser uma linha de texto para que não haja divergência e quem for ler, saiba onde vai encontrar as informações necessárias”, ressaltou Melo.
Os moradores continuam aguardando medidas mais práticas. “Que ele não só a estrutura do apartamento que esteja dentro, e sim, que também olhe embaixo. Realmente, o que nos preocupa hoje é o que está embaixo” falou o morador Maurício Mendes.