Élber fala sobre fase artilheira antes de pandemia e mira renovação
Se tem um jogador do Bahia ansioso para o retorno do futebol, ele com certeza é o atacante Élber. O camisa 7 vivia o seu melhor início de temporada com a camisa tricolor quando as atividades foram paralisadas por conta da pandemia do novo coronavírus.
Para se ter uma ideia, nos dois primeiros anos vestindo a camisa do Bahia, Élber precisou de mais de 50 partidas para anotar cinco gols em cada um deles. Já na atual temporada, o atacante conseguiu balançar as redes quatro vezes em apenas dez jogos e é o atual vice-artilheiro do clube, atrás apenas de Gilberto, que tem sete tentos.
“Realmente vinha bem e buscando melhorar e evoluir. Procurei me cuidar bem nas férias e o trabalho da pré-temporada foi ótimo. A confiança estava elevada, um momento pessoal em família também excelente, então tudo isso colabora para que dentro de campo, nos jogos, possa desempenhar o melhor. Os gols começaram a acontecer e era algo que eu sempre buscava. Fico feliz e espero que, quando tudo voltar, possa dar continuidade e ajudar o Bahia a buscar seus objetivos”, diz o atacante em entrevista ao CORREIO.
Com as atividades paralisadas desde março, Élber e todo o elenco do Bahia têm mantido a forma em casa através de treinos que são passados pela equipe de preparação física. Para ele, as atividades ajudam os atletas a reduzir os prejuízos do período sem treinos regulares, mas com intensidade diferente.
“O Bahia montou um cronograma de monitoramento e treinos legal, mas a estrutura em casa é diferente. Por mais que a gente tente, é impossível chegar a mesma intensidade do que é feito lá dentro, com todo equipamento disponível e em grupo”, analisou o camisa 7, antes de concluir:
“Estou fazendo o melhor, dentro das possibilidades, para voltar bem e o mais perto possível do condicionamento que estava antes de tudo acontecer. Mas é algo que afetará a todos os atletas, de todos os clubes, por conta de tudo isso que está acontecendo”, disse Élber.
Além da saudade de balançar as redes adversárias, Élber conta ainda que sente falta da rotina do dia a dia na Cidade Tricolor e da resenha com os companheiros. Por isso, ele espera que a pandemia passe logo e tudo possa voltar a fluir normalmente.
“Um pouco antes da pandemia, eu tinha comentado em casa sobre o novo CT, a excelente estrutura que o Bahia oferece lá aumentava ainda mais o prazer de trabalhar. Eu sentia vontade de estar no CT e o clima entre nós durante os treinamentos também sempre foi muito leve, ambiente extrovertido. Estávamos em um momento muito bom, então, não tem como não sentir falta da nossa rotina”, garantiu ele.
Olho no futuro
Um dos destaques do Bahia nas últimas temporadas, Élber espera o retorno do futebol para resolver também um outro assunto: a permanência no clube para os próximos anos. O contrato do jogador com o Bahia se encerra no final do ano. Existe o interesse das duas partes para que o vínculo seja renovado.
“É o meu último ano de contrato e antes dessa situação do covid-19 o Bahia sinalizou o interesse em renovar. Da minha parte existe o mesmo interesse, estou bastante ambientado e feliz aqui. Acredito que quando as coisas voltarem ao normal, a diretoria deve retomar as conversas com meus representantes, então deixo por conta deles. Meu contrato é até dezembro e o meu foco total hoje é continuar a boa fase para junto com o Bahia ter um grande 2020”. De acordo com apuração do CORREIO, Élber teria sondagens de clubes do Japão e Turquia.
Já sobre o cenário do futebol pós-pandemia, ele acredita que muita coisa vai mudar, mas considera que a base montada pelo Bahia nos últimos anos e o trabalho desenvolvido pelo clube pode ser um diferencial para largar na frente durante a retomada no país.
“Entrosamento é um dos fatores essenciais no futebol. Quando se consegue manter uma base de uma temporada para outra, o time perde menos esse entrosamento e consegue dar sequência ao trabalho que estava sendo feito, sem precisar recomeçar tudo do zero. Acho que isso pode ser bem proveitoso para termos uma temporada de grandes conquistas”.