‘Efeito colateral da vacina chinesa pode ser pior que a Covid-19’, diz neurocirurgião

Em entrevista ao programa Pânico desta quarta-feira, 21, o neurocirurgião Paulo Porto de Melo falou sobre os riscos e efeitos colaterais da Coronavac, a vacina contra o novo coronavírus produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Nesta semana, o imunizante chinês se tornou alvo de polêmicas com o anúncio, realizado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que estaria em curso uma negociação para a compra de 46 milhões de doses da vacina. Após uma grande repercussão do acordo, o governo federal optou por recuar na decisão nesta quarta-feira, 21.

Durante a conversa, o neurocirurgião opinou sobre a controvérsia. “Primeiro precisamos entender como funciona o processo de construção da medicina, ele se dá passo a passo. Não é possível imaginar que exista uma vacina pronta em outubro para uma doença alastrada em março ou abril. Segundo dados de um estudo desenvolvido na Universidade Stanford, na Califórnia, estima-se que a taxa de letalidade global da covid-19, incluindo o Brasil, é de 0,3% e que cerca de 10% da população mundial foi infectada pela doença. Sendo assim, ainda temos 90% das pessoas suscetíveis à doença. O índice de efeito colateral da vacina chinesa, por sua vez, é de 5,37%, ou seja, quando colocamos esses 5% de chances de efeito colateral sobre a porcentagem da população brasileira que ainda não foi infectada, com certeza, vai morrer gente.” Paulo Porto de Melo comparou o índice de efeito colateral da Coronavac ao da vacina contra a poliomielite. “O público pode pensar que 5,37% é uma taxa baixa, mas representa, por exemplo, cem vezes mais chances de efeitos colaterais do que a vacina contra a pólio, que tem uma taxa de 0,05%. Por isso, talvez a vacina contra covid-19 mate ou prejudique mais gente do que a própria evolução da doença”.

Ainda sobre

Confira a entrevista com o neurocirurgião Paulo Porto de Melo