Dólar abre o mês de outubro em queda


Na quarta-feira, moeda fechou cotada a R$ 5,6181, acumulando alta de 2,5% no mês e de 40,11% no ano. Nota de US$ 5 dólares
REUTERS/Thomas White
O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (1), antes da divulgação de uma série de dados econômicos nos EUA e com os investidores de olho no impasse político doméstico na busca por fonte recursos para Renda Cidadã.
Às 9h05, a moeda norte-americana caía 0,54%, a R$ 5,5877. Veja mais cotações.
Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,37%, a R$ 5,6181, mas acumulou avanço de 2,5% em setembro. No ano, a alta é de 40,11% no ano.      
O salto de mais de 40% do dólar contra o real na parcial do ano manteve a divisa brasileira na posição de pior desempenho dentro de uma cesta com mais de 30 moedas em 2020, segundo a Reuters.
Após críticas, ministro Paulo Guedes fala sobre o projeto Renda Cidadã
Cena local externa
Por aqui, as preocupações fiscais seguem dominado o radar dos investidores em meio à possibilidade de furo do teto de gastos devido ao impacto econômico da pandemia de Covid-19 e impasse sobre a fonte de recursos para bancar o novo programa social do governo, batizado de Renda Cidadã.
Após repercussão negativa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou na véspera o uso de dinheiro destinado ao pagamento de precatórios para bancar o Renda Cidadã. Depois das divergências sobre o financiamento do novo programa social, o presidente Jair Bolsonaro chamou Guedes e integrantes da equipe econômica para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto na noite de quarta-feira.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, rebateu a declaração de Guedes de que haveria boatos de que Maia, em acordo com a esquerda, teria travado a aprovação das privatizações. “Paulo Guedes quer desviar o foco do debate do teto de gastos. Ele não tem base, não tem voto para aprovar privatização e nem CPMF. E a culpa é dos outros?”, disse Maia ao Blog da Andréia Sadi.
Na agenda de indicadores, a Fundação Getulio Vargas mostrou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 3 pontos em setembro, para 97,5 pontos e retomou o patamar pré-pandemia.
Lá fora, investidores seguiam esperançosos em relação a um novo pacote de ajuda fiscal nos EUA devido ao coronavírus no país antes da divulgação de uma série de dados econômicos, incluindo sobre gastos do consumidor e pedidos semanais de auxílio-desemprego.
Na Europa, a recuperação da indústria da zona do euro ganhou força no mês passado, puxada principalmente com a Alemanha.
Variação do dólar em 2020
G1
Assista: últimas notícias de economia