Dívida em dólares de mercados emergentes supera US$ 4 trilhões, diz BIS

Crédito em dólares para mercados emergentes e economias em desenvolvimento cresceu 7% no segundo trimestre. A dívida denominada em dólares em mercados emergentes ultrapassou US$ 4 trilhões após aumento na emissão durante a crise de Covid-19, mostraram dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).
Segundo o grupo, que reúne bancos centrais, o crédito em dólares para mercados emergentes e economias em desenvolvimento cresceu 7% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, puxado por uma alta de 14% na emissão de dívidas no período.
Os custos de empréstimo em dólar caíram desde que o Federal Reserve (o BC dos EUA) cortou sua taxa de juros para quase zero este ano, mas os mercados emergentes são muitas vezes alertados do “pecado original” de não conseguirem pagar a dívida em dólar quando sua própria moeda recua.
Consistente com os últimos trimestres, o crédito para a África e o Oriente Médio registrou a taxa de crescimento mais alta, de 14%, disse o BIS.
A região da Ásia-Pacífico emergente e a América Latina viram aumentos de 9% e 5% respectivamente na comparação anual. Em contraste, a Europa emergente teve queda de 5%. Ao todo, o crédito em dólares para tomadores não-bancários fora dos Estados Unidos cresceu 6% e alcançou US$ 12,7 trilhões ao final de junho.
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