Desemprego no Brasil atinge recorde de 14,4% no trimestre encerrado em agosto, diz IBGE
Número de desempregados no país aumentou 1,1 milhão em 3 meses e subiu para 13,8 milhões. O desemprego no Brasil saltou para uma taxa recorde de 14,4% no trimestre encerrado em agosto, atingindo 13,8 milhões de pessoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa já registrada na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O índice corresponde a um aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em maio (12,9%), e de 2,6 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo do ano passado.
“O número de desempregados atingiu 13,8 milhões, aumento de 8,5% frente ao trimestre anterior. São cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de emprego frente ao trimestre encerrado em maio”, informou o IBGE.
Na semana passada, o IBGE mostrou que o desemprego diante da pandemia do novo coronavírus bateu recorde em setembro, chegando a uma taxa de 14%, mas trata-se de uma pesquisa com uma outra metodologia e que não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país.
Perspectivas
Integrantes do governo têm afirmado que a pior parte da crise provocada pela pandemia da Covid-19 ficou para trás e que a economia tem dado sinais de recuperação. O mercado de trabalho, no entanto, deve continuar pressionado, e analistas avaliam que a taxa de desemprego deve continuar em trajetória de alta considerando o fim dos programas de auxílio emergencial.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a taxa de desemprego no país feche o ano em 13,4%, e suba ainda mais em 2021, para 14,1%.
Na véspera, o Ministério da Economia divulgou que a economia brasileira criou 313.564 empregos com carteira assinada em setembro. No acumulado nos 9 primeiros meses do ano, no entanto, foram fechados 558.597 postos formais no país.
Desemprego no Brasil vai saltar para 14,1% em 2021, prevê FMI
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