Depoimentos voltam a acontecer de forma presencial em processos de violência doméstica em AL


Medida segue plano de retomada de atividades presenciais do Judiciário estadual, que estavam suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus. Sala passiva só é ocupada pelo depoente e por um servidor do Judiciário de Alagoas, que permanecem afastados para reduzir os riscos de contágio pelo novo coronavírus
Caio Loureiro/TJ-AL
Os depoimentos em processos de violência doméstica passam a acontecer de forma presencial a partir desta segunda-feira (17) no Judiciário de Alagoas. Eles acontecerão nas salas passivas para realização de audiências e também aplicação de medidas protetivas. A medida faz parte do plano de retomada de atividades presenciais do Judiciário estadual, que estavam suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com ato normativo conjunto n° 19, de 6 de agosto de 2020, assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJAL), Tutmés Airan, e pelo corregedor-geral da Justiça, Fernando Tourinho, as salas passivas dos fóruns são destinadas ao comparecimento de depoentes que não possam ser ouvidos por meio virtual.
Para evitar aglomerações e reduzir os riscos de contágio pelo novo coronavírus, não é permitido o compartilhamento do ambiente com as demais partes do processo, com exceção do advogado da pessoa a ser ouvida, cuja presença é facultativa, e de um servidor da unidade judiciária.
O plano prevê ampliação das permissões em outras datas:
a partir de 24 de agosto: uso das salas passivas nos processos criminais e de apuração de atos infracionais em que o réu ou adolescente estejam em liberdade.
a partir de 8 de setembro: uso das salas passivas nos processos de família e ações cíveis reguladas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Desde o último dia 4, com o início da fase laranja, as salas passivas já eram utilizadas para produção de prova oral em processos com réus presos ou adolescentes internados, de improbidade administrativa e crimes contra a administração.
Seguindo as medidas preventivas adotadas desde o início da pandemia, o Judiciário permanece funcionando por meio de plantão extraordinário, o atendimento ao público está suspenso e os servidores trabalham em regime home office.
As próximas fases da retomada
O Judiciário deve entrar ainda em outras duas etapas da retomada dos trabalhos presenciais, classificadas nas cores amarela e azul. Veja as permissões em cada uma delas:
Fase amarela: haverá o retorno das atividades presenciais com, no máximo, 30% dos quadros das unidades judiciais e administrativas, com permissão de acesso do público externo às dependências do Judiciário apenas às pessoas com audiência ou atendimento com horário marcado. O início desta etapa levará em consideração a evolução da situação epidemiológica do Estado de Alagoas;
Fase Azul: o Judiciário terá o retorno das atividades presenciais com regular atendimento do público externo. Os magistrados, servidores, estagiários e colaboradores que estão no grupo de risco poderão exercer suas atividades de forma remota, até que o controle da pandemia propicie o retorno seguro e sem reservas às atividades presenciais.
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