CVM multa Wesley e Joesley Batista por usarem aeronave da JBS para fins particulares

Somadas, multas chegam a R$ 1,1 milhão. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu nesta terça-feira (21) multar os executivos Wesley e Joesley Batista pelo uso de aeronave da JBS para fins particulares. Segundo a autarquia, a multa de Wesley Batista é por falta de dever de diligência em atuação como Diretor Presidente da Companhia.
As multas foram definidas em processo administrativo sancionador da CVM. De acordo com o processo, Joesley Batista, diretor presidente da JBS, teria utilizado aeronave da companhia para fins particulares em 2017, quando voou de Campinas a Nova Jersey, nos Estados Unidos, com sua família.
Wesley Batista, presidente do Conselho de Administração da empresa, por sua vez, teria desrespeitado o dever de diligência ao não adotar procedimentos e cautela na autorização de uso de aeronaves da companhia, e por ter autorizado o uso por Joesley.
A multa de Joesley Batista foi definida em R$ 400 mil, enquanto as de Wesley Batista, em R$ 700 mil.
Na defesa, os Batista apontaram que os custos do voo representariam um valor irrisório em comparação com as despesas totais da Companhia no exercício social de 2017, de modo que não haveria prejuízo ao patrimônio da JBS. A defesa aponta ainda que o voo foi realizado no interesse da Companhia, no contexto da celebração deu um Acordo de Colaboração Premiada.
Isso porque, ante a possibilidade de levantamento do sigilo do acordo e os potenciais impactos à Companhia, “decidiu-se que o Presidente do Conselho de Administração desempenharia, em caráter temporário, suas atividades estatutárias no escritório da JBS situado em Nova Iorque”, aponta o processo, “de forma que tal medida se demonstraria alinhada ao interesse social da JBS”.
O G1 procurou a JBS para comentar o assunto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.