Críticos do Facebook lançam ‘conselho de supervisão’ rival
Rede social anunciou que seu próprio conselho de supervisão irá funcionar a partir de meados de outubro. Grupo alternativo considera a resposta lenta e vai fazer sessões a partir de semana que vem. Logomarca do Facebook
Dado Ruvic/Reuters/Arquivo
Críticos do Facebook, incluindo os organizadores de um boicote publicitário contra a empresa, lançaram nesta sexta-feira (25) um “conselho de supervisão” para revisar as práticas de moderação de conteúdo da rede social.
O novo grupo se autointitula “Real Facebook Oversight Board” (Verdadeiro Conselho de Supervisão do Facebook, em tradução livre) e fará sessões online para discutir temas relacionados à rede social.
A intenção é pressionar o Facebook a tomar medidas contra desinformação, segurança eleitoral e discurso de ódio, por exemplo.
Entre os membros iniciais da iniciativa estão os chefes de três organizações de direitos civis dos Estados Unidos, o ex-presidente da Estônia e o ex-chefe de integridade eleitoral do Facebook.
O grupo planeja transmitir suas reuniões em programas semanais no Facebook Live, começando na semana que vem, segundo o comunicado.
O lançamento ocorre um dia depois que Facebook disse que seu próprio conselho de supervisão irá funcionar a partir de meados de outubro – o planejamento inicial previa o início para o começo de 2020.
O painel oficial do Facebook, que conta com 20 especialistas, terá até 90 dias para tomar decisões sobre conteúdos da rede social. Eles irão começar com apelos de usuários que tiveram publicações removidas.
O atraso significa que o conselho financiado pelo Facebook provavelmente não analisará casos relacionados à eleição de 3 de novembro nos Estados Unidos.
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Os períodos eleitorais geraram algumas das questões mais controversas enfrentadas pela maior rede social do mundo.
O “conselho de supervisão” rival planeja mover-se em um ritmo mais rápido.
Ele realizará uma primeira assembleia geral na próxima semana, e se concentrará diretamente em tópicos eleitorais, incluindo supressão de eleitores, segurança eleitoral e desinformação.
O Facebook “responde às críticas com declarações de má-fé e mudanças cosméticas”, disse o membro do conselho Roger McNamee, conforme reportagem da agência Reuters.
McNamee é um dos primeiros investidores do Facebook e crítico de uso indevido da plataforma na eleição de 2016.
“O Real Oversight Board atuará como um cão de guarda, ajudando parlamentares e consumidores a se defenderem contra uma plataforma rebelde.”
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