Coronavírus: supermercados projetam venda de produtos de festa junina equivalente a 2019 apesar da quarentena, diz estudo
Dados da Associação Paulista de Supermercados das regiões de Campinas e Piracicaba apontam ano sem perdas devido a ‘comemorações em casa’. Veja cenário do setor nos últimos anos. Venda de produtos de festa junina deve ser equivalente a 2019 nas regiões de Campinas e Piracicaba, apesar da quarentena.
Reprodução/EPTV
Uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) das regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (SP) aponta que o ano de 2020 não deverá ter perdas na venda de produtos típicos de festa junina, apesar da quarentena. Com a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, os consumidores devem fazer comemorações dentro das suas casas, com seus familiares, diz o estudo.
A época tem um cenário bem diferente, com a falta de festas escolares, de igrejas e outras associações, comuns no período de junho e julho, no intuito de evitar aglomerações. Diretor regional da Apas, José Luis Alves de Matos explicou, em entrevista ao G1, que há mais pessoas dentro das residências consumindo alimentos e outros produtos, devido à quarentena.
“A gente acredita que esse número será mantido porque as pessoas devem fazer compras para as casas delas, comemorações em casa. Deixam de ir a festas juninas, e estão comprando mais produtos”, afirma.
As categorias de produtos analisados foram:
Doces
Frutas
Bebidas (não alcoólicas e alcoólicas)
Balas
Ingredientes para produção de bolos típicos
O abastecimento de produtos juninos nos estabelecimento dos municípios da região teve pouca diferença em relação aos pedidos feitos em 2019, segundo a avaliação de impacto do mês de junho. A demanda sazonal se soma aos itens que os consumidores colocam dentro dos carrinhos de compras. Veja, abaixo, o comportamento do setor na região nos últimos anos.
Em 2018 houve o reflexo da greve dos caminhoneiros. No ano seguinte a economia vivia um cenário de geração de empregos. E em 2020, sem ganhos e sem perdas devido à pandemia de Covid-19.
A projeção de vendas sofreu variação dependendo da região do estado de São Paulo. “A previsão mais para o interior deve ser um pouco melhor, acredito que é porque são regiões com menos casos de Covid, cidades menores têm poucos casos e acredito que o pessoal esteja mais à vontade.”
O crescimento médio esperado para o estado este ano no período de festas juninas é de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, o setor teve um crescimento de 3,7%.
Delivery garante equilíbrio nas vendas
A opção de entregar pedidos na casa dos clientes tem garantido um equilíbrio nas vendas, que foram reduzidas in loco – em mercados, supermercados e hipermercados – por conta da pandemia. Matos acrescenta que as ações de marketing das empresas do setor também mudaram para incentivar as compras.
Sem necessidade de estocar
Diferentemente do hábito de consumo no início da implementação de medidas de restrição para conter o avanço do novo coronavírus, a Apas verificou que as pessoas não estão comprando mais para estocar em casa.
“No início da pandemia, a gente teve um aumento nas vendas, agora já está normalizado na região de Campinas. A venda voltou à normalidade. As pessoas também entenderam que não há necessidade de estocar. Nosso setor está atendendo bem nessa crise. Todos os produtos estão sendo entregues em dia.”
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Arte/G1
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