Coronavírus: o vírus pode circular na água encanada?

Muita informação. Notícias que são veiculadas o tempo todo, atualizações praticamente em tempo real. Em todo o planeta, novas pesquisas são divulgadas todos os dias. Desde janeiro, o novo coronavírus e a doença provocada por ele, a covid-19 dominam as discussões.
Mas, no meio de tanta informação, há também muita dúvida – ou no mínimo, questões não tão bem explicadas assim. As orientações dadas no início da pandemia ainda valem hoje? Quais são os cuidados que devemos tomar ao sair? Quem precisa ir ao mercado está cumprindo o distanciamento social? É seguro usar o elevador?
Para responder a algumas dessas perguntas, o CORREIO buscou pesquisadores que estão na linha de frente dos estudos sobre o Sars-CoV-2 – o nome oficial do coronavírus.
A pedido da reportagem, três pesquisadores da Rede CoVida – a Rede de Informação Confiável sobre Covid-19, coordenada pelo Centro para Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, e pela Universidade Federal da Bahia (Ufba)- , Julia Pescarini, Miguel Depallens e Naiá Ortelan, tiraram algumas dúvidas. Além deles, o virologista Gúbio Soares, coordenador do Laboratório de Virologia da Ufba, também explicou algumas das questões.
Confira a reportagem completa com as 15 perguntas
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De acordo com o virologista Gúbio Soares, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), não existem evidências de que isso seja possível.
A situação é diferente do esgoto sanitário. Nas últimas semanas, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontraram o novo coronavírus em amostras coletadas no esgoto.
“Isso é possível por causa das fezes. Quando você elimina o vírus no paciente e ele vai ao sanitário, é possível ter esse contato. Mas para saber se ele vai ser infeccioso ou não, depende do tempo. Na água potável, não é assim”, explica Soares.
Quem deu as informações:
Gúbio Soares, farmacêutico e virologista, coordenador do Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Foi o responsável por identificar o vírus da zika em 2015.