Coronavírus matou 93 trabalhadores de frigoríficos nos EUA, diz sindicato


Cerca de 20 fábricas fecharam em abril, após milhares de trabalhadores testarem positivo para a Covid-19. Frigorífico de carne bovina
REUTERS/Paulo Whitaker
O maior sindicato do setor de carnes dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira (25) que 93 trabalhadores de frigoríficos e da indústria de processamento de alimentos do país morreram em decorrência da Covid-19, acrescentando que os riscos do novo coronavírus continuam para o setor.
O United Food and Commercial Workers International Union, que também representa trabalhadores de mercados e drogarias, disse que mais de 196 de seus membros morreram por causa da doença, enquanto mais de 2.300 membros foram expostos ou afetados pelo vírus no último mês.
Os números refletem o forte impacto causado pela doença sobre trabalhadores essenciais nos EUA. Estados como Califórnia e Texas têm registrado grandes saltos nas infecções pelo coronavírus.
Muitos funcionários de frigoríficos não estão trabalhando no momento, pois foram colocados em quarentena ou temem contrair o vírus caso retomem seus trabalhos nas unidades de processamento de carnes, que abrigam milhares de funcionários.
Cerca de 20 fábricas operadas por empresas como Tyson Foods, JBS USA e Smithfield Foods fecharam em abril, após milhares de trabalhadores testarem positivo para a Covid-19. Os fechamentos temporários causaram uma disparada nos preços das carnes e até mesmo escassez de alguns produtos nos mercados.
O presidente norte-americano, Donald Trump, publicou um decreto em 28 de abril para permitir que os frigoríficos permanecessem abertos.
Empresas do setor disseram ter gasto dezenas de milhões de dólares em medidas para proteger trabalhadores, incluindo o fornecimento de máscaras, a instalação de divisórias físicas nas linhas de produção e a ampliação dos serviços de limpeza.