Coração é transportado de helicóptero de Caruaru ao Recife para paciente à espera de transplante
Órgão saiu do Hospital Regional do Agreste e foi levado à capital em uma operação da PRF junto ao SAMU.
Uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) junto ao SAMU, realizada na quarta-feira (5), transportou um coração de Caruaru, no Agreste, até o Recife para um paciente à espera de um transplante. O órgão, de um doador de 38 anos, foi transportado em 27 minutos do Hospital Regional do Agreste para o paciente de 69 anos que estava na fila pelo transplante no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).
“Nesse caso, doador era um homem, de 38 anos, que sofreu traumatismo craniano após uma queda e teve morte encefálica confirmada na noite dessa terça. A família não hesitou em dizer sim para a doação e, com isso, poder salvar outras vidas”, pontua Raianne Monteiro, coordenadora da Central de Transplantes Macrorregional Caruaru.
A operação para levar o coração até a capital envolveu cinco profissionais da PRF, uma equipe do SAMU e duas médicas do IMIP. O transporte precisava de agilidade e foi realizado no novo helicóptero da PRF, que alcança 280 Km/h.
Se o órgão fosse transportado por via terrestre, o tempo seria estimado em aproximadamente duas horas. No entanto, o procedimento exigia agilidade, já que, de acordo com a equipe médica, o tempo máximo para manter e preservar o coração fora do corpo sem comprometer seu funcionamento é de 4 horas.
Na caixa térmica e na temperatura ideal, o coração chegou no helicóptero da PRF no campo do Quartel do Derby no final tarde. De lá, o órgão foi levado de carro até a unidade hospitalar.
Outros órgãos doados
Além do coração, rins, fígado e córneas do mesmo doador também foram transportados por via terrestre. O fígado foi para uma mulher de 74 anos. Os rins e as córneas vão para receptores ainda não definidos.
O hospital Regional do Agreste explicou que a doação de múltiplos órgãos só é feita mediante a identificação de morte encefálica. Para que se obtenha esse diagnóstico, o paciente é submetido a avaliações, testes e exames para fechamento do protocolo. Após todas essas etapas, a família é entrevistada e pode fazer a autorização ou a recusa da doação.