'Conversa fiada', diz Guedes sobre hipótese de fatiamento do Ministério da Economia

Políticos do Centrão, bloco de partidos que dá apoio ao governo no Congresso, argumentam que ‘superministério’ de Guedes tem muitas atribuições e defendem desmembramento. O ministro Paulo Guedes classificou nesta quinta-feira como “conversa fiada” a hipótese de que o Ministério da Economia venha a ser desmembrado a fim de atender a interesses políticos do Centrão, o bloco de partidos que passou a dar sustentação ao governo no Congresso.
Enquanto caminhava para participar no Congresso do evento de lançamento da “Agenda Legislativa”, da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, Guedes foi questionado por jornalistas a respeito.
“Desmembramento do Ministério da Economia?”, indagou um repórter. “Conversa fiada”, respondeu Guedes. Diante da insistência, o ministro tirou a máscara, mostrou o rosto para o jornalista e sorriu.
Segundo informou o blog da Ana Flor no G1, lideranças do Centrão pressionam o governo pela recriação de ministérios. O objetivo seria criar novas pastas desmembrando partes do “superministério” de Guedes.
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O Planalto tem ouvido repetidos pedidos de recriação dos ministérios de Indústria e Comércio, área cobiçada pelo Republicanos, e da Previdência e Trabalho, que interessa ao PTB, informou o blog.
Os partidos argumentam que Guedes administra uma estrutura muito grande e não tem conseguido pilotar todas as áreas.
Recentemente, em uma investida anterior dos partidos do Centrão, Guedes chegou a afirmar que deixaria o governo se o Ministério da Economia fosse fatiado.
A redução de ministérios foi uma das promessas de campanha eleitoral de Bolsonaro. Inicialmente, ele afirmava que reduziria o número de ministérios de 29 no governo Temer para 15. Atualmente, são 23.
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