Confira as estratégias de restaurantes para superar a crise causada pela pandemia

Mesmo com a reabertura, a retomada do setor tem sido lenta. Desde março, 200 mil restaurantes e similares já fecharam as portas no país. Confira as estratégias de restaurantes para superar a crise causada pela pandemia
Muitos cafés e restaurantes voltaram a receber clientes há pouco mais de um mês, mas 85% dos estabelecimentos estão faturando bem menos do que antes da pandemia, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
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Em alguns casos, os empresários têm mais custos para funcionar do que para manter os restaurantes fechados. Uma decisão difícil de ser tomada.
“Estamos dentro de uma guerra. A palavra pode ser essa: guerra pela sobrevivência”, afirma Percival Maricato, presidente do conselho da Abrasel-SP.
As palavras de Maricato definem o que tem passado o empresário Ronaldo Poiatti. Ele montou um restaurante grego em 2016.
“Estou com 25%, 30% do faturamento que eu tinha em fevereiro. E tenho que manter as mesmas despesas que tinha há seis meses”, diz Ronaldo.
Ronaldo está no segmento de alimentação há mais de 20 anos. A experiência foi fundamental para conseguir segurar o emprego dos 32 funcionários, situação bem diferente de muitos empresários do ramo.
Desde que a pandemia do coronavírus começou, 200 mil restaurantes e similares fecharam as portas no país, com perda de um milhão de empregos, segundo a Abrasel.
“É preciso conscientizar e negociar de tal modo que todo mundo entenda que a sobrevivência da cadeia depende um do outro”, explica Maricato.
Para enfrentar a crise, a Abrasel dá dicas para os empresários do setor:
Reduzir os custos;
Renegociar com fornecedores e locadores;
Fazer promoções;
Se possível, implantar delivery próprio perto do restaurante, para fugir das altas taxas cobradas pelas plataformas de entrega.
“A gente tem pedido muito para os estabelecimentos que eles restabeleçam coisas que faziam antigamente, como a divulgação no entorno geográfico, onde fica mais fácil esse pegue e leve, ou se tiver pouca clientela, o próprio funcionário pode entregar”, explica Maricato.
Outro ponto importante é gerar confiança para o consumidor voltar. Ronaldo comprou uma máquina de lavar louça a alta temperatura, jogos americanos descartáveis, sacos para embalar talheres e disponibilizou um funcionário só para esterilizar utensílios.
Mais de seis meses depois do início da crise, o restaurante continua com o movimento fraco e queda de 70% na receita. Mas uma pequena luz no fim do túnel está em um espaço cobiçado que tem atraído gente nesses tempos de pandemia: a varanda. Cerca de 80% dos clientes querem sentar nesse local.
Ronaldo percebe uma pequena melhora no movimento nos últimos dias, início de uma lenta retomada, que só deve terminar em 2021.
“Daqui um ano vou poder ver o meu restaurante cheio e vou poder ter rentabilidade dentro dele. O que nos resta agora é apostar e é o que temos feito diariamente”, afirma Ronaldo.
Abrasel SP – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo
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