Com retomada das atividades, aeroportos e companhias adotam protocolos sanitários
A passageira prestes a embarcar pela primeira vez desde o início da pandemia estava ansiosa para saber o que viria pela frente. “Eu espero que me peçam algum tipo de coisa, como higienizar as mãos, espero que haja exigências de todos os passageiros de uso de máscara, espero que seja isso. Não sei como vai ser, estou bem curiosa.” Esse é o sentimento dos usuários que estão se encorajando a viajar. As companhias aéreas, que fazem parte de um dos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19, têm se desdobrado na tentativa de aumentar o fluxo de pessoas a bordo. Essa reconquista passa pelos novos procedimentos que já são notados logo ao metrar nos aeroportos. No chão, adesivos para marcar o distanciamento nas filas. Nos balcões, os atendentes evitam pegar os documentos de quem vai viajar para não existir o contato e a foto é mostrada de longe. No geral, a recomendação é que os consumidores façam check-in remoto pelo celular ou computador. Antes de entrar no avião é preciso medir temperatura. Além disso, o serviço de bordo nos voos domésticos foram suspensos pela maioria das empresas. O ideal é que se evite comer na aeronave.
O diretor de segurança operacional da Gol, Danilo Andrade, aponta que todos os lugares são colocados a disposição para venda e que o período de contágio a partir do contato direto com alguém infectado que esteja na poltrona ao lado é reduzido pelo uso de máscara de proteção. Ele acrescenta que a renovação do ar também contribui para proteção da saúde. “Todos os assentos estão sendo disponibilizados, nenhum estudo comprovou a eficácia do distanciamento em relação ao assento do meio. Toda indústria aeronáutica tem que baseado em outras medidas, como a própria limpeza e os processos de embarque e desembarque que foram redesenhados e a própria questão do ar na aeronave.”
Na cabine em que ficam os pilotos e copilotos também é obrigatório o uso de máscaras de proteção, o mesmo vale para os comissários. Os aviões são higienizados durante as paradas e o uso do entretenimento é feito no próprio smartphone ou tablet dos passageiros, sem a necessidade do uso de telas coletivas. Grande parte dos voos internacionais, mesmo os com maior duração, a distribuição de mantas e travesseiros foi interrompida. As revistas também foram retiradas e, agora, são entregues sob demanda. O aeronauta Rui Braga diz que as condutas estão sendo observadas no ramo a aviação. “Os aeroportos estão orientando os passageiros, dentro do avião eles também orientam a gente o tempo todo, acho que então fazendo o que determinam as autoridades”, opina. O fato é que todos tem se adaptado ao que está sendo classificado como o “novo normal”, uma sensação vivenciada pelo administrador Reinando Anderson de Paula, que viaja frequentemente. Sem ter uma projeção sobre o futuro, ele diz que enquanto não houver cura para a Covid-19, tudo seguirá da forma que está. “Enquanto não tiver a vacina, eu acredito que será necessário usar a máscara.”
*Com informações do repórter Daniel Lian