Com protocolos rígidos, rede privada ensaia volta às aulas em SP

Mãe de uma criança de três anos e de um bebê de seis meses, a pediatra Giovana Dal Mas está aliviada com o retorno das atividades escolares. Desde que voltou a trabalhar presencialmente, em agosto, ela não tinha com quem deixar as filhas, e precisou mobilizar a família para ajudar. Com a autorização da Prefeitura de São Paulo para que as atividades extracurriculares nas escolas sejam retomadas nesta quarta-feira, 07, Giovana vai levar as crianças já no primeiro dia.

Além das filhas de Giovana, outras 30 crianças vão voltar à escola da Zona Norte da capital paulista; há, ainda, fila de espera para outros pais que demonstraram interesse no retorno presencial. Dentro dos portões do colégio, as mudanças foram muitas: o refeitório agora tem mais horários de almoço e menos lugares à mesa; o parque perdeu os brinquedos e ganhou uma área livre para atividades. Nas salas, os alunos encontraram indicações de onde poderão sentar; os assentos proibidos estão marcados com adesivos.

Para lembrar de trocar as máscaras, um sinal será acionado de três em três horas. Apesar das alterações, a proprietária da escola, Sylvia Silva de Aragão, explica que o mais importante é criar uma relação de entendimento com os alunos, principalmente os mais novos. Além disso, por ordem do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, as escolas podem receber 20% dos alunos neste primeiro momento para atividades como aulas de idiomas, música, esportes e reforço emocional e psicológico.

O infectologista Alexandre Naime ressalta que, além das medidas já conhecidas para evitar a proliferação da Covid-19, é importante fazer um controle diário dos indivíduos que apresentarem sintomas. A previsão da Prefeitura é que a liberação das aulas regulares aconteça a partir do dia 03 de novembro.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini