Com economia em baixa, expectativa de inflação dos consumidores atinge mínima histórica

Expectativa de inflação diminui conforme cresce a faixa de renda dos consumidores. A expectativa de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses registrou nova queda em agosto, para uma mínima histórica. Segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a estimativa é que a alta de preços fique em 4,3% – 0,2 ponto percentual abaixo da expectativa registrada em julho, e 0,8 ponto abaixo de agosto de 2019.
“Apesar da pressão de alguns preços em agosto, como gasolina e energia elétrica, os consumidores continuam otimistas em relação às perspectivas de inflação para os próximos doze meses. Isso sugere que o cenário de atividade econômica deprimida aliado às baixas expectativas do mercado continuam exercendo forte influência nas expectativas dos consumidores, levando a novos mínimos históricos”, afirma em nota Renata de Mello Franco, economista da FGV Ibre.
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No mês, 57,5% dos consumidores projetaram inflação abaixo da meta do governo, de 4%. Já a proporção dos que esperam inflação acima do limite da meta (5,5%), recuou para 28,3%.
A expectativa de inflação diminui conforme cresce a faixa de renda dos consumidores: entre aqueles que ganham até R$ 2,1 mil e de R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil, a estimativa é de alta de 4,9% nos preços nos próximos 12 meses. Entre os que têm renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, a estimativa recua para 4%. Já entre os que têm renda acima de R$ 9,6 mil, a taxa esperada é de 3,5%.