Cátia Raulino não entrega diplomas que comprovariam formações em Direito

A defesa da suposta jurista Cátia Raulino entregou, nesta segunda-feira (31), uma série de documentos à 9ª Delegacia Territorial (Boca do Rio). No entanto, de acordo com o delegado titular da unidade, ACM Santos, nenhum dos papéis são diplomas que comprovariam as formações listadas por ela em seu currículo Lattes. A papelada apresentada pelos advogados de Cátia trata-se de prints de trocas de mensagens com suas ex-alunas, Solimar Musse e Lorena Falcão, que a acusam de plágio. 

De acordo com a delegacia, as mensagens apresentadas pela defesa teriam como objetivo contestar as acusações das ex-alunas. A ex-professora teria publicado os trabalhos de conclusão de curso de Lorena e Solimar assinando como co-autora, mas ambas negam que teriam autorizado o uso de seus trabalhos. O material apresentado foi prints de conversas do WhatsApp e reproduções de documentos em que Cátia diz ter feito correções nos trabalhos e se reivindica como co-autora. 

“No bojo desses documentos, não foram anexados nenhum diploma ou títulos da mesma. Ou seja, até esse exato momento, ela sequer comprovou que é bacharel de Direito”, explica o delegado.

No dia de ontem, foram entregues pelo advogado dela uma série de documentos, que apenas tentam contestar a acusação de plágio. são documentos de print de conversa de whatsapp, uma reprodução de documento de lorena, que ela diz que fez o trabalho, que ficou como co-autora porque fez algumas correções e da mesma forma com solimar. solimar passou o dia todo aqui, mas ela contradita tudo o que ela fala.

Em seu currículo, Cátia relata que é graduada no curso pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O delegado disse que enviou ofício para uma delegacia do Maranhão para que a unidade solicite à universidade informações que comprovem a formação dela. Além disso, uma delegacia de Santa Catarina, estado onde ela supostamente teria tirado o registro da OAB, também foi oficiada para contribuir nas investigações.

A delegacia de Salvador ainda aguarda pelo menos cinco ofícios de faculdades baianas que Cátia alegava ter vínculo. “Se ela me trouxer os diplomas, digamos que daqui a 10 dias, e eu ainda não tiver remetido o inquérito ao Ministério Público da Bahia, anexamos os laudos”, detalha ACM Santos.