Carros híbridos: excelente autonomia em trânsito urbano é o diferencial

Os veículos com propulsão híbrida utilizam dois tipos distintos de energia. Os mais comuns associam um motor a combustão com pelo menos um elétrico

Há alguns anos, os carros de passeio eram movidos apenas a gasolina no Brasil. Com o passar do tempo chegou o álcool – atualmente chamado de etanol -, que na sequência passou a ser oferecido em conjunto com a gasolina em motores bicombustíveis. Também vieram os modelos movidos a GNV e, mais tarde, os elétricos e híbridos. Atualmente, existe até a opção de híbrido flex.

Mas, independentemente do que há embaixo do capô, o que o motorista quer saber mesmo é o resultado, seja em relação ao consumo, seja em relação à potência. O primeiro híbrido chegou ao mercado brasileiro em 2010 e foi comercializado até o primeiro semestre deste ano, era o Ford Fusion. Mas, em breve, a Ford terá um SUV para ocupar essa função, o Escape.

Em essência, um veículo híbrido é todo aquele que se move por dois tipos distintos de energia, sendo a combinação de um motor a combustão com um elétrico a mais comum nos automóveis atuais. Na prática, enquanto um Toyota Corolla convencional, com motor 2 litros flex, faz 11,6 km/l de gasolina na cidade, o híbrido chega aos 16,3 km/l. Ou seja, uma economia superior a 40%.

Mas antes de optar por um híbrido é importante entender qual será seu uso. Se o uso for primordial for em estradas, as propriedades do motor elétrico são limitadas e não haverá muitas oportunidades de regeneração de energia. Já no trânsito urbano, o tradicional anda-e-para colabora muito para a recuperação de energia, consequentemente a bateria estará sempre com mais carga para movimentar o motor elétrico.

Voltando à prática: enquanto o Corolla a combustão faz 13,9 km/l na estrada, o híbrido faz 14,5 km/l. A diferença fica somente em 5%. Os dados foram aferidos pelo Inmetro. 

A Toyota deixa a escolha para o consumidor, tanto que cobra o mesmo preço para a versão topo de linha do Corolla. Seja híbrida ou a combustão a versão Altis do sedã é oferecida por R$ 137.890. E ambos são flex. Para dar mais segurança aos que optarem pelo híbrido a marca japonesa oferece oito anos de garantia ao sistema, o que inclui, entre outros componentes, a bateria e o motor elétrico. Na média, o valor das seis primeiras revisões, o custo é de R$ 662,47 e R$ 688,92, respectivamente para o modelo a combustão e para o híbrido.

Assita esse vídeo e saiba mais sobre Corolla Altis Hybrid

A Toyota ainda oferece dois outros modelos híbridos: Prius, que custa R$ 164.990, e RAV4, a partir de R$ 219.990. A fabricante japonesa é a maior entusiasta dos híbridos e a sua divisão de luxo, a Lexus, conta com a tecnologia em todos os seus seis modelos à venda no mercado brasileiro. Os preços vão de R$ 165.990, valor cobrado pelo CT, até R$ 938.990, quantia pedida pelo LS.

Uma das opções na Lexus é o UX, que custa a partir de R$ 233.990, preço da versão 250h Dynamic (Foto: Lexus)

Na tomada
Existem alternativas mais avançadas, e também mais caras. São os chamados híbridos plug-in. Assim, ao invés de recarregar a bateria utilizando as sobras de acelerações e ficar dependendo da regeneração da energia dos freios, basta conectar o veículo na tomada.

Geralmente, esses modelos possuem um acumulador de energia com maior capacidade e é possível, assim, rodar até 40 quilômetros utilizando apenas o propulsor elétrico. Essa é uma distância maior do que muitas pessoas utilizam para ir e voltar ao trabalho, por exemplo. E a regeneração de energia acontece da mesma forma. 

Esses carros contam com modos de condução, nos quais o motorista pode optar por utilizar os propulsores em conjunto ou selecionar apenas o elétrico. Dois lançamentos recentes do mercado premium contam com essa tecnologia, o BMW 330e M Sport e o Volvo XC40 T5 PHEV R-Design.

No Brasil, a BMW oferece quatro opções de híbridos que também podem ser carregados na tomada. Um deles é o 330e M Sport (Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO)

A nova configuração do Série 3, modelo mais vendido na história da BMW, desenvolve potência combinada de 292 cv, o que garante a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 5,9 segundos. Isso ocorre graças à combinação do propulsor 2 litros turbo a combustão, com 184 cv de potência, com o propulsor elétrico que entregam potência equivalente a 113 cv. Em nossas aferições, no trânsito de Salvador, a média foi de 38,8 km/l. Lançado em maio no país, o carro custa R$ 297.950 e a BMW já comercializou 139 unidades até agora.

Outros quatro modelos da marca premium alemã contam com esse recurso: 530e M Sport (R$ 374.950), X5 xDrive45e (R$ 502.950), 745Le M Sport (R$ 583.950) e i8 Roadster (R$ 783.950).

O SUV da Volvo custa R$ 245.950 e traz um inédito conjunto com dois motores, um elétrico, com 82 cv e outro turbo, a gasolina, 1.5 litro que rende 180 cv. Combinados, produzem 262 cv de potência e 43,33 kgfm de torque. Com esse conjunto, o XC40 faz, de acordo com a aferição do Inmetro, 24,5 km/l na cidade e 22,3 km/l em rodovias. Há pouco tempo no mercado já teve 152 unidades emplacadas.

O último lançamento da Volvo no mercado nacional é uma configuração do XC40, que pode ter sua bateria carregada na tomada Foto: Volvo)

No portfólio da Volvo no Brasil apenas a V60 não conta com a opção híbrida. Os demais modelos oferecem a tecnologia em algumas versões, por exemplo: S60 T8 R-Design (R$ 295.950), XC60 T8 Momentum (R$ 305.950), XC90 T8 Momentum (R$ 383.950) e S90 T8 Inscription (R$ 362.950).