Bovespa opera em queda de mais de 1%
Na quarta-feira, Ibovespa fechou em queda de 4,25%, a 95.368 – pior pontuação de fechamento desde 2 de outubro. A bolsa de valores brasileira, a B3 opera novamente em queda nesta quinta-feira (29), após fortes perdas na véspera, com os investidores analisando uma bateria de resultados corporativos, incluindo os números de Vale, Petrobras, Bradesco e Ambev, enquanto permanecem no exterior as preocupações com uma segunda onda de Covi-19.
Às 10h26, o Ibovespa caía 1,46%, a 93.9781. Veja mais cotações.
Já o dólar opera em alta, após ter voltado a bater R$ 5,79.
Na quarta-feira, a bolsa fechou em queda de 4,25%, a 95.368, na pior pontuação de fechamento desde 2 de outubro. Na parcial do mês, a bolsa ainda acumula alta de 0,81%. No ano, há queda de 17,53%.
Na cena política, estava no radar dos investidores atritos na relação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após Maia ter acusado o chefe do BC de divulgar para a imprensa uma conversa por telefone entre os dois.
Com novos lockdowns na Europa, mercados financeiros do mundo registraram quedas
Cenário externo
Lá fora, aAs bolsas mundiais ensaiavam uma recuperação, após a economia dos Estados Unidos crescer 33,1% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, segundo dados anualizados divulgados nesta quinta-feira. Permanecia, porém, a cautela diante das incertezas a cinco dias da eleição presidencial nos Estados Unidos.
Entre as commodities, os preços do petróleo tinham mais uma sessão de queda em meio às preocupações sobre queda de demanda.
Na véspera, o mercado viveu um dia tenso por conta de uma nova onda de contágios da Covid-19 e temores de uma nova parada da economia global. Com casos de Covid-19 crescendo pela Europa, a França vai exigir que pessoas fiquem em suas casas exceto para atividades essenciais a partir de sexta-feira, enquanto a Alemanha vai fechar bares, restaurantes e teatros de 2 de novembro até o final do mês.
Alemanha e França anunciam lockdown parcial após explosão de casos de Covid-19
Cena local
Na agenda de indicadores, a inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) perdeu força em outubro, apesar dos preços dos alimentos continuarem em alta. O indicador, que é usado para corrigir a maioria dos contratos de aluguel residencial, ficou em 3,23% este mês, depois de atingir 4,34% em setembro. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 20,93%, e no ano, de 18,10%.
Já o índice de confiança do setor de serviços caiu em outubro após cinco altas seguidas, segundo a FGV
Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 2% ao ano. No comunicado da reunião, o Copom afirmou que, apesar dessa pressão inflacionária, foi mantido o diagnóstico de que o choque é temporário. A alta dos preços, segundo o comitê, segue compatível com o cumprimento da meta no “horizonte relevante para a política monetária”.
“Temos um cenário que sugere que o Banco Central não se precipitará para elevar a taxa de juros neste momento caso o arcabouço fiscal atual seja mantido”, avaliou Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital Modalmais.
Preocupações ampliadas com a situação fiscal do país, além da capacidade do governo de avançar numa agenda de reformas continuavam também dominando as atenções dos investidores.
Variação do Ibovespa em 2020
G1 Economia
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